A simulação é mais perigosa do que a realidade. O caso "kate"
1. Os simulacros naturais - baseados na imagem, na imitação e no fingimento;
2. Os simulacros produtivos - assentes em energia e força da máquina e no complexo sistema de produção;
3. E os simulacros de simulação - assentes na informação, no modelo do jogo relacional, na hiperrealidade.
Se correlacionarmos esta grelha ao que se está a passar com o caso Madeleine encontraremos, muito provavelmente, indicadores, sinais, indícios de que aqueles pais, directa ou indirectamente, se encaixam no perfil de algumas pontas de simulação aqui descritas.
E como não se trata duma utopia (1º caso), nem de ficção científica (2º caso), a 3ª categoria assenta num imaginário sacana que hoje nos interpela a todos, e sem querer ser abusivo, antecipativo ou mesmo injusto sempre que via a conduta da srª Kate via uma mulher transloucada na intimidade, e num acesso de fúria só porque a criancinha berrou uns décibeis acima do tolerável o pior deve ter ocorrido. Mas isto são resíduos, o importante é a PJ dominar bem esta técnica do simulacro e perceba que o real é sempre mais real do que o imaginado, mesmo que este se destine à alegada ocultação dum crime grosseiro que agora se encontra debaixo de fogo do mundo inteiro.
Agora não é só a PJ que anda em busca dum cadáver, mas o mundo inteiro, em tempo real e por satélite. Veremos se este será mais um crime sem autor à vista, o que é certo é que o crime de pedofilia aqui (já) não cola, o que também não deixa de ser uma tremenda injustiça para quem, como o Rui Pedro, foi alvo dele - juntamente com outras crianças desafortunadas - e não dispuseram de % da atenção mediática e dos meios aqui afectos no caso Madeleine.
Um caso que, em rigor, deverá alterar a sua nomenklatura e passar a designar-se o caso Kate, e com preocupantes ramificações psiquiátricas.
Oxalá me engane...
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