terça-feira

Grande lição do 11 de Setembro e a falência da República Imperial

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Num mundo perfeito qualquer acção de terrorismo aéreo teria este efeito: os edifícios inteligentes (concebidos e construídos também por arquitectos e engenheiros inteligentes), percepcionando o perigo - reagiriam em conformidade, como vemos na imagem supra. Desse modo, frustar-se-íam as intenções assassinas dos bin Laden que vegetam neste mundo, salvar-se-íam milhares de vidas de pessoas inocentes e o mundo, no seu conjunto, seria menos imperfeito.
Talvez daqui por uns 20 anos algumas destas promessas encontrem realização nos factos, de momento os edifícios não se desviam e os terroristas andam por aí - pensando que são actores da 7ª arte comunicando ao mundo onde terá lugar o próximo desastre a fim de que os media globais possam reportar tudo em tempo real e, assim, induzir medo, pavor e pânico no Ocidente e perturbar as pessoas e os mercados a fim de instabilizar as economias e os pólos de decisão política, que ficam prisioneiros desse pânico. Temos, pois, de conseguir neutralizar estes agentes do mal, eliminá-los na fonte e fomentar internamente redes de cooperação ao desenvolvimento que apoiem directamente a emergência de líderes democráticos alternativos a estas lideranças assassinas que conduzem as sociedades para o suicído global.
Bin laden aparece outra vez noutro vídeo, prometendo os mesmos "mimos" para o Ocidente, mais parece um caixeiro viajante, mas disfarçado de Pre. Américo (sem ofensa para este que era um homem de bem) enfatisando que a América é tão fraca que foi derrotada por meia dúzia de homens treinados pela Al Qaeda, e assim mata dois coelhos at once: 1) enxovalha a América de G.W.Bush - que terminará o seu mandato sem saber do paradeiro do maior terrorista do mundo; 2) enaltece a "coragem" dos operacionais que mandaram as torres do WTC abaixo (como se duma aposta macabra se tratasse feita nos sucalcos das montanhas do Afeganistão) - sedimentando assim a doutrina, a motivação, a ideologia e o fanatismo que deve estar presente na mente dos futuros operacionais, pois só assim eles se sentirão especiais, desejados pela causa e atingirão o paraíso quando se fizerem implodir, única forma para ter acesso às 12 virgens no paraíso. Nem a Bíblia consegue mentir tanto, caramba!!!
Em todo o caso valerá a pena meditar no dia de hoje, 6 anos depois do ataque ao mundo, nem que seja por atenção aqueles inocentes que pereceram nos céus. E verificar que as vulnerabilidades estão aí, os crimes continuam em gestação, a intelligence tem feito algum trabalho de sapa e feito abortar alguns projectos de morte, mas o que é facto é que a guerra - para esses sistemas da morte - veio substituir-se à política - que esses fanáticos nunca conheceram. Isto mostra-nos a falência daquele velho princípio vigente ao tempo de meio século de Guerra Fria que dizia:
O que é necessário é preservar um sentimento e uma ideia de ordem do mundo assente, em última instância, nos EUA.
Zbigniew Brzezinsky ("Zbig" para os amigos) - ex-rival de Kissinger - e autor desta fórmula já deve ter compreendido que também estava errado. Pois hoje a Europa deve ser autónoma em matéria de Segurança & Defesa em relação à América, o que não significa que não seja uma aliada íntima. Ou seja, uma das grandes lições a reter, em matéria de segurança e defesa 6 anos após o 11 de Setembro - e que o velho Bin laden recoloca na agenda mundial através da sua aparição videofilmada - (porventura, nalguma Casa de Banho a cheirar mal num buraco das montanhas do Afeganistão) - é que a Europa deve ter capacidade de defender-se a si própria de forma independente - sempre que falha a prometida segurança colectiva sob os auspícios do Tratado da NATO em articulação com a Carta da ONU que a América de Bush (nem o Barroso de Bruxelas, seu cicerone nos Azores) respeitaram, mormente no Iraque, e o resultado está à vista, que também é outra fonte de terrorismo global.
Portanto, a Europa tem aqui um desafio acrescido, investir mais na Segurança & Defesa - aumentando os respectivos PIB nesse sector, o que não deixa de ser um contrasenso, pois a conjuntura é quase de recessão económica, e quando assim é manda o bom senso que se invista em "manteiga" (welfare) e se esqueça os "canhões" (warfare), como diria o velho Bismarck na Alemanha prussiana do séc. XIX.
Mas, por enquanto, os edifícios ainda são "estúpidos", não se desviam do perigo, e a maldade na mente de certos homens parece ser uma constante. Talvez por isso há dias tenhamos aqui defendido, por efeito de associação, que sempre que nos lembramos de Robert Mugabe, de Bin laden, do outro energúmeno da Coreia do Norte, e duma mão-cheia de népotas africanos (cujos nomes não valerá a pena elencá-los, as pessoas conhecem-nos bem..) não podemos deixar de nos lembrar da utilidade dos snipers de serviço, os quais se deveriam voluntariar numa ONG com fins humanitários para uma causa superior de defesa dos destinos da Humanidade.
As células da CIA que pensem nisso, só espero agora que não mandem o Bush disparar, porque aí o risco de se matar mais norte-americanos e europeus aumenta.
PS: O Macro deixa aqui um donativo de 5 euros para ajudar a financiar a caça ao homem. E só não instamos a PJ a integrar essas investigações, porque ela agora, consabidamente, tem mais que fazer. Oxalá tenha o sucesso que G.W. Bush não teve na captura de Bin laden.