segunda-feira

De Profundis, Valsa Lenta de Cardoso Pires para Kate, mãe de Madeleine. Uma oferta do Macroscópio e homenagem a JCP

Deste senhor pouco mais há a dizer senão que foi dos melhores filhos de Portugal na sua arte. Aqui singelamente o evocamos e oferecemos um fragmento da sua genial Obra a uma mulher seca, fria e de traço calculista que quando perguntada - em sede de inquérito pela PJ - se recusa a responder e passa de testemunha a arguída, e bem. Uma Mãe decide não colaborar com a Investigação acerca da sua própria filha!! Isto dá que pensar.. Talvez lendo Cardoso Pires ela afine a sua memória e cesse imediatamente de conspurcar (of the record, claro está e perante a sua querida imprensa britânica) a credibilidade da PJ. Veremos se não será essa mesma imprensa inglesa que a irá cilindrar. We shall see...
De Profundis, Valsa Lenta - de José Cardoso Pires
É, como sabemos, um trabalho autobiográfico que envolve a funcionalidade da memória. Ou melhor, é antes uma busca da memória que o autor perde na sequência de um coágulo no cérebro, o famoso AVC.
A dado passo, JCP diz o seguinte: Sem memória esvai-se o presente que simultaneamente já é passado morto. E adianta: A memória é indispensável para que o tempo não só possa ser medido como sentido; e Se o sonho é já por si uma memória, sem memória poderá o indivíduo sonhar? Ou seja, o approach feito pelo autor vai variando. Ora refere um "eu" que conta a sua própria experiência, ora refere um "eu" que conta a experiência de um outro. O "eu é o outro", aquele que perdera o rumo dos seres e das coisas (Ele, o Outro. O Outro de mim).
Tudo razões e desdobragens que sugerimos à srª kate, mãe de Madeleine - que vimos durante 5 meses com aquela cara de pau, parecendo uma enguia passando pelos intervalos da chuva, supondo até que todos lhe deviam e ninguém pagava. Curiosamente, é o player mais misterioso em todo este desaparecimento.
Mas um dia, mesmo depois de ter contratado o advogado mais caro do RU, quiça com dinheiros angariados nas campanhas que fizeram pelo mundo fora, a senhora vai descair-se, e quando isso ocorrer os alibis terminam e o fim do mistério converte-se numa história macabra.
Srª kate - tenha, doravante, muito cuidado com a gestão da sua memória, pois tudo o que disser será autobiográfico - e nessa subjectivação deve haver tanta, mas tanta tralha acumulada que o melhor, so far, é mesmo contratrar um advogado que tape os buracos, que, no fundo, é (também) para isso que eles servem.
Quanto à PJ deixamos aqui uma nota: prossiga a sua pista com determinação e jamais se deixe intimidar pela politização de que o processo já foi objecto. Afinal, a descoberta da verdade não só é capaz de meter um (ou mais) criminosos atrás das grades, ainda que por negligência) como também é capaz de dar cabo dum governo. A verdade mata, e neste caso uma Verdade global ainda é mais letal.
E se for com o pelo do próprio cão.., ainda melhor.
PS: Pedimos desculpa ao José Cardoso Pires por o envolver nesta cegada à inglesa intermediada por umas férias macabras no Algarve. Mas, em rigor, o epifenómeno kate (e as suas cirúrgicas omissões, como quem esconde o rabo de palha com octanas de avião) foi apenas um pretexto para homenagear este grande escritor português que permanecerá sempre entre nós.

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O JOGO DAS PERCEPÇÕES...

Une publicité int...

(veja-se a explicação dada pelo Claro - donde picámos as pernas de Elle Mcpherson numa montra sui generis, bem mais interessante do que a montra da 5 de Outubro]

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  • Adendas, DN e CM

PJ acredita que indícios justificam preventiva

JOSÉ MANUEL OLIVEIRA

A Polícia Judiciária (PJ) acredita ter "indícios suficientes" para incriminar Kate e Gerry McCann, que na sexta-feira foram constituídos arguidos e sujeito a Termo de Identidade e Residência (TIR). Sobre eles recai a suspeita da morte da criança, a 3 de Maio, no apartamento da Praia da Luz, e da ocultação do seu cadáver. Mas só nos próximos dias se saberá se o procurador do Ministério Público (MP) de Portimão, que hoje recebe o relatório das inquirições efectuadas quinta e sexta-feira aos pais da criança britânica, decidirá notificar o casal na sua morada em Inglaterra, para que regressem a Portugal, a fim de serem presentes a um juiz.

E só o juiz lhes poderá alterar a actual medida de coacção, que poderá atingir, em situação extrema - que actualmente não se verifica -, a prisão preventiva. Se for essa a decisão do MP, e os pais de Maddie terão de se apresentar em Portimão na data indicada pelo procurador. Caso não o façam, poderá impender sobre eles um mandato captura internacional.

Mas as dificuldades começam aqui. Um dos juristas ouvidos pelo DN lembrou que lhes "bastará apresentar um atestado médico, alegando um qualquer problema de saúde para adiarem um interrogatório ou uma simples diligência da PJ, comprometendo dessa forma a investigação em curso". De qualquer modo, o casal já fez saber que estará disponível para regressar a Portugal quando para tal for notificado. Mas o MP poderá, também, chegar pura e simplesmente à conclusão de que não existem provas suficientes para sustentar em tribunal a tese da morte.

A confiança nas provas

Segundo apurou o DN junto de fontes próximas do processo, nas dez viaturas sujeitas a testes periciais em Agosto, só no Renault Scénic alugado pelos McCann 25 dias após o desaparecimento da filha foram detectados, "por debaixo do forro da bagageira fluidos biológicos, os quais coincidem em 80% com o perfil genético da criança". E só o facto de ser "reduzida" a amostra enviada para o laboratório de Birmingham, no Reino Unido, "não terá permitido atingir os 100%" nos resultados aos exames forenses. Já em buscas realizadas na vivenda «Vista do Mar", na urbanização Luz Parque, na Praia da Luz, ocupada pelos McCann de Julho até ontem de manhã, foram detectados odores a cadáver em roupas da mãe de Madeleine, bem como no já famoso urso de peluche da criança.

'Uma espécie de fuga'

Embora legalmente nada impedisse o regresso dos McCann a casa, a Judiciária acabou por ficar surpreendida com a decisão, a qual representa, na perspectiva de vários investigadores, uma "espécie de fuga", o que, naturalmente, "poderá ter consequências no decorrer do processo, com atrasos". Até porque, sabe o DN, a PJ tinha "aconselhado" os McCann a não abandonarem Portugal sem saberem qual a decisão que os órgãos judiciais irão tomar em relação a uma eventual alteração da actual medida de coacção.

O outro arguido

Quem não ficou surpreendido com a nova situação jurídica dos McCann foi Francisco Pagarete, advogado de Robert Murat, que continua arguido no caso por suspeita de rapto, apesar de haver dois arguidos por suspeita de morte. "O facto de terem sido constituídos arguidos não é coisa que me surpreenda. Mas não temos mais comentários a fazer," disse ao DN. Sobre a situação do seu constituinte, disse continuar "à espera de uma rápida solução", mas não vai propor iniciativa alguma. "É o MP que tem de analisar os indícios e ver se existe alguma indicação que faça com que o meu cliente deixe de ser arguido."

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As dúvidas de Marcelo (CM):

Marcelo Rebelo de Sousa disse ontem, na RTP, que a prisão preventiva como medida de coacção para o casal McCann seria possível, caso houvesse a suspeita que os pais de Maddie praticaram um crime com dolo. Isto é, que Kate e Gerry McCann tinham noção das consequências dos actos por si praticados.(...)

Obs: Pergunte-se a marcelo se fosse investigador da PJ com responsabilidades directas no caso ou fosse Procurador se impedia o regresso do casal a Inglaterra...

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