domingo

Uma guerra sem provas

Este caso - que já se tornou mundial - e ocorreu no Algarve - já há muito se converteu numa guerra sem provas. As que existem não são concludentes, as provas cruciais ainda estão no segredo dos deuses, de modo que não há, ainda, matéria de facto, para responsabilizar os suspeitos.
Por analogia, quando os EUA declararam que o Iraque tinha armas químicas e nucleares (mesmo sem provas) - com o fito de identificar e matar Saddam e isolar o Iraque do sistema internacional - essa declaração rapidamente se converteu numa certeza, com a ajuda de Zé durão Barroso mordomo da cimeira dos Azores. As armas não se encontraram, mas uma vez identificado o ditador este teve a sorte que viu. Barroso foi premiado com o lugar de presidente da Comissão europeia com a ajuda da arrastadeira Tony Blair - já em fim de carreira.
Os casos são óbviamente distintos, daí a analogia, mas o que procuro significar é que a vida está repleta de incertezas, dúvidas, ameaças e contingências e, acima de tudo, INJUSTIÇAS. Nem sequer a hora de morrer podemos escolher. E às vezes morremos num sono profundo.
Mas o que me choca são os recursos gastos e a atenção mediática que este caso, igual a tantos outros por esse mundo fora, consome como se se tratasse duma situação única no mundo que merecesse este desmesurado empenho.
Corriga-se a situação e elimine-se o ridículo global em que os media caíram. O povo, esse, continua a consumir pão e circo, as usual...