Memórias do tempo que (não) passa
Vendo as condutas persecutórias das "Drenes" que vegetam pelo burgo, e que transformaram parte da administração pública num antro de persiganga, delação e vingança ocorre-me citar o anverso de toda essa podridão recorrendo, once again, ao grande Agostinho da Silva que deixou um legado disperso que anda por aí e que volta e meia é agarrado. Diz ele nas suas Considerações e outros textos: Interessa-nos o povo porque nele se apresenta um feixe de problemas que solicitam a inteligência e a vontade; um problema de justiça económica, um problema de justiça política, um problema de equilíbrio social, um problema de ascensão à cultura...
Se compulsarmos estes valores com as tristes figuras do ministro da Saúde, do ministro da Economia, de alguma administração pública mais aparelhística que persegue, denuncia e demite - então identificaremos dois países, duas cosmovisões: a de Agostinho virada para o bem comum aristotélico, com sentido de serviço público; a outra, pura e simplesmente canalha.
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