quinta-feira

Crónica duma morte anunciada: o revólver que Mendes deu a Negrão

Quando se atende à genealogia do comportamento político de MMendes nestas eleições intercalares de Lisboa só se poder chegar a um trágico resultado. Vejamos alguns desses pequenos passos dados pelo líder do PsD: convida Manela Ferreira leite e leva tampa; convida o paraquedista de Sintra, Seara, e leva tampa, fora aqueles que convidou e cujos nomes não chegaram ao conhecimento da opinião pública. Negrão é o recurso dos recursos. Alguém que estava no fim da linha e que, de súbito, e à falta de melhor, é respescado à linha e colocado no terreno.

Depois MMendes, para criar um facto político e potenciar Negrão, (deve ter copiado essa ideia a Marcelo..) lança insinuações torpes sobre o arq. Manuel Salgado - sugerindo que este tinha interesses nalguns lotes de terreno ao lado da Torre de Controlo do aeroporto da Portela. Isto não lembra o careca... Deve ter sido uma ideia soprada pelo Antonho Preto que Mendes aproveitou à saída do WC na Lapa. Como nada conseguiu provar, tamanhas as falsidades, Mendes incumbe Negrão de levantar outra lebre, constante do Plano B: leia-se, jogar Carrilho à liça - para entalar Salgado e Costa, na mais pura perfídia política.

Hoje, se quisermos sintetizar de forma lapidar a prestação de MMendes nestas eleições teremos de recorrer à teoria do revólver, ou seja, Mendes oferece aquele revólver a Negrão - mas a bala que os haverá de matar políticamente tem nome: Carmona.

Por ironia do destino, aquele que o líder do PsD jogou borda fora será precisamente aquele que agora o irá crucificar e humilhar nas eleições.