quinta-feira

Uma metáfora de Lisboa sob 2 PSDs

Há quem diga que foram três homens que construíram esta bela obra de apoio à Kapital:
  • O eng. Carmona - mandou construir este troço de estrada de 127m até ao buraco;
  • MMendes - ajudou a cavar a cratera afundando ainda mais a gestão de merceeiro de Carmona que caíu por manifesta falta de liderança, corrupção na sua equipa e nepotismo dos "seus" (de MMendes) vereadores;
  • E depois Fernando "Pretão" que alargou o diâmetro da cratera, quiça para lá meter tudo (epul, epal, gebalis, gelados epá, cornetos e o mais). Hoje, sendo a 4ª escolha, pretende ser edil de Lisboa. Bonito!!

Talvez agora o Antono Preto dê a estes dois PSD (Carmona + Pretão, irmãos-inimigos, como diria Raymon Aron - ambos afilhados de MMendes) um bom conselho - de meter umas cabras a pastar no espaço envolvente para nivelar a vegetação, já que os aparadores eléctricos de bricolage-política do Aki (que operavam ao tempo do velho jogo dos assessores do Porto de Honra injectados na CML por MMendes/Preto) estão hoje impedidos de proliferarem numa gestão política racional de António Costa. Que, desde logo, e bem, limitou o espaço de actuação aparelhística do PS - em tudo semelhante às larvas do PsD. Aqui as vocações manobreiras e partidárias são iguais: sôfregas, estéreis e improdutíveis.

Seja como for, aquele "buraco" é uma metáfora tosca do estado da arte em que hoje se encontra Lisboa: a Lisboa-financeira, a Lisboa-logística, a Lisboa da relação dos dirigentes com os munícipes, a Lisboa dos projectos urbanísticos e de qualidade de vida para a cidade, etc.
O papel de António Costa, nesta fase intercalar de dois anos, será o de bombeiro. Que é como quem diz: tapar aquela cratera e normalizar a cidade. Sem ela normalizada projectos infra-estruturantes de dimensão europeia não serão possíveis.
E das duas uma: ou queremos uma Lisboa ribeirinha e de doca pregada ao ideário do séc. XX portuário - sem potencial de futuro ainda a cor-de-ferro; ou uma Lisboa com vocação cosmopolita e modernizadora capaz de ser o motor do País na modernização do tecido produtivo e das redes de futuro.
António Costa será esse artífice, ainda que tenha de dar algumas cambalhotas políticas em matéria da reinterpretação e aplicação da Lei das finanças locais/autarquias (e acusado da tal duplicidade de enquanto membro do governo/MAI defender uma coisa, enquanto edil postular outra). Mais a mais conta com o governo, esperemos agora que o governo não tente fazer com António Costa aquilo que MMendes fez com o "desgraçado" do eng. Carmona e procurará, ainda que mais subtilmente, fazer com Fernando "Pretão", o homem da epal-pul-pal...
PS: Dedicamos esta reflexão meio - tosca aos lisboetas que (ainda) não se consideram otários, e que no dia 15 de Julho votarão no António Costa em força e com convicção. Lisboa merece..