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Prioridades europeias: relançar o Plano Tecnológico e a agenda da Estratégia de Lisboa

José Sócrates afirmou esta quarta-feira que pretende contribuir “activamente” para um novo ciclo da Agenda de Lisboa, aprovada pela presidência portuguesa da União Europeia (UE), quando o executivo português era liderado por António Guterres.
“A estratégia de Lisboa estará de novo no centro das nossas preocupações”, declarou o Primeiro-ministro na abertura do debate mensal no Parlamento, destinado à presidência portuguesa da UE, que tem início a 1 de Julho.
Perante os deputados, Sócrates afirmou que pretende lançar o debate sobre “um plano de acção tecnológico em matéria de energia, com especial destaque para a eficiência energética”. Nos próximos seis meses, o Governo português quer ainda chamar a atenção para temas como o protocolo de Quioto, a escassez de água e a construção de uma política marítima europeia.
Em relação à “Estratégia de Lisboa”, o Chefe do Executivo considerou que este é o momento para debater “as melhores formas de coordenação das políticas de emprego, tendo em vista potenciar a criação de postos de trabalho sustentáveis no actual quadro de competição global”. E explicou que “esta linha de acção será estreitamente articulada com a qualificação dos recursos humanos, a conciliação do trabalho com a vida familiar, a luta contra a pobreza e, ainda, com o debate da denominada flexisegurança”. A cooperação judiciária e policial na luta contra o terrorismo e a criminalidade organizada serão outras prioridades do mandato português à frente dos destinos da UE.
No entanto, José Sócrates quer também deixar a marca portuguesa na política externa europeia. Para tal, conta realizar a cimeira com o Brasil, as conferências euromediterrâneas e a cimeira com África. No final da sua intervenção, o primeiro-ministro apelou ainda ao apoio dos portugueses, “para quem o projecto europeu sempre representou um objectivo político maior, assente num largo consensual”. (...)
Obs: Se parte destas medidas anunciadas forem eficientemente implementadas a presidência portuguesa da UE será (já) um sucesso.