Portugal no beco - entre aeroportos, tgv e chaminés
Tudo que seja projecto maiorsinho do que a média afoga o Portugal-político numa tremenda indecisão e anarquia. Parece que viramos todos analfabetos, sendo que os políticos desconfiam dos engenheiros, estes daqueles, os economistas não pescam nada de aviões, e estes só se deixam pilotar por pilotos à séria que, por seu turno, também nada sabem de política, economia, ordenamento do território, impactos ambientais e outras engenharias aéreas. No fundo Portugal ficou suspenso ante tanta indecisão e incompetência - política e técnica. Eis do que me lembrei ao olhar para este postal da Torre Eifell. Por baixo dela já vi a Ota, o TGV, o MMendes por um binóculo e, para retomar o dito de um bebedôlas que tem a mania que é engenheiro para as bandas de Abrantes, e que se alarga quando aborve demasiado suco da uva, e diz: eu sou capaz de construir uma chaminé totalmente suspensa no ar... Afinal o tipo era pedreiro, mas quando se enfrasca diz que é engenheiro. Aqui o ponto não é saber se ele também se "engenheirou" na Uni, o ponto é saber se Portugal, como temos vindo a defender, não faria melhor encomendar o estudo à UE - e decidisse por ela. Com mais facilidade somos bem capazes de decidir pior cá dentro, demorando mais tempo, gastando mais dinheiro e com mais virulência política. As coisas que se pensam quando se olha para a T. Eifell. Nem quero imaginar o que se poderia pensar observando a estátua da Liberdade oferecida pela França aos EUA.. Ante tanto terrorismo admiro-me como é que a dita ainda está de pé.
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