domingo

Violência no futebol em Itália: uma medida de talião

O 'Calcio', campeonato italiano de futebol, suspenso anteontem na sequência de graves confrontos entre adeptos e as autoridades, dos quais resultou a morte de um polícia, pode recomeçar à “porta fechada” dentro de duas semanas. (in CM)
Segundo a Imprensa transalpina deste domingo, esta pode ser uma das medidas encontradas pelo Governo italiano para evitar a violência nos jogos de futebol, apesar de não estar afastada a possibilidade de os desafios se disputarem abertos ao público. No entanto, caso o Governo opte por uma continuação normal do campeonato, poderá suspender de imediato as partidas ou novamente o ‘Calcio’, caso se verifiquem novos confrontos ou os adeptos lancem objectos para o relvado.
(..) Renato Papa, Procurador-geral adjunto da Catânia, explicou que o polícia assassinado, Filippo Raciti, de 38 anos, pode ter morrido devido a um golpe no fígado, segundo os resultados preliminares da autópsia, contrariamente às informações avançadas sexta-feira, que indicavam que teria sido vítima de um ferimento na cara provocado por um engenho explosivo. Recorde-se que o dérbi italiano de sexta-feira passada foi suspenso por 40 minutos devido ao lançamento de gás lacrimogéneo pela polícia a fim de dispersar as claques fora do Estádio de Catânia, o que deu origem a confrontos entre as autoridades e os adeptos, que resultaram na morte do agente.
A Federação Italiana de Futebol acabou por suspender a 22.ª jornada do 'Calcio' e todos os jogos oficiais, incluindo os não-profissionais, “por tempo indeterminado”.
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Obs:
Hoje o meu amigo João Fonseca chamou-me a atenção para uma realidade ao mesmo tempo estranha e surpreendente, e triste quando comparada com a realidade futebolística em Portugal. A situação é descrita acima, mas quando tentamos comparar a aplicação de medida similar em Portugal esbarramos na indiferença das autoridades, incapacidade dos organismos jurisdicionais em levar até às últimas consequências as acções à margem da lei e do normal convívio que se passa no futebol nacional, não apenas pelas claques fascistas que potenciam essa execrável conduta agressiva mas também e sobretudo aos dirigentes que encomendam sovas (como alegadamente fez Pinto da Costa hoje denunciado pela sua ex-mulher) a pessoas que se opõem à ditadura do futebol, uma espécie de corrupão política (local e nacional) com muitos alvarás, patos bravos e autarcas à mistura.
Alguém, porventura, conseguirá imaginar o Secretário de Estado do Desportos ou da Juventude, um tal Laurentino Dias - que encheu de fotografias suas o albúm do instituto da Juventude - a mandar suspender o campeonato da liga portuguesa de futebol por motivo semelhante? Ainda que fosse um imperativo normal fazê-lo!! Por aqui se vê o ascendente do poder político sobre a mafia que é a estrutura dirigente do futebol em Portugal. O governo tem medo e não reage; a corrupção - porque é invisível - não consegue ser provada pelos Tribunais e, desse modo, todos os alegados corruptos pululam na praça pública e aí desferem todos os disparates, quando não têm assento no Prós & Contras de dona Fátima campos Ferreira.
Valentim loureiro, Pito da Costa, Madail - essa ruína histórica - corporizam bem a troika a que chegou a desgraça do paradigma negativo desta realidade em Portugal, pois além de alegados corruptos no caso "Apito Dourado" (que deve ser arquivaado...), no caso do primeiro é também um cacique local que exerce uma influência perniciosa em todo o ambiente politico-desportivo em Portugal. O país ganharia muito com o seu afastamento, nem que fosse de forma compulsiva...
É aqui que vem a parte mais estranha da notícia, pois se Itália é um País culturalmente semelhante a nós, tem sangue quente e é um povo impulsivo, vive apaixonado pelo futebol, foi a pátria da máfia que depois exportou para os EUA no início do séc. XX, é o país dos majistrados sem medo depois de terem medo e de terem sido assassinados pela Cosa Nostra.., após tudo isto têm coragem e tomam esta decisão em nome da ordem pública e da verdade desportiva. A semana passada, na sequência de confrontos entre adeptos e autoridades e da morte de um polícia o Governo italiano decide, e bem, suspender imediatamente as partidas de futebol. Era assim que deveria ser em qualquer parte do mundo em condições análogas, especialmente em Portugal. Aliás, iria até mais longe: até que o caso apito dourado não estivesse cabalmente esclarecido e julgado as equipas dos dirigentes - directa ou indirectamente - envolvidos nessas acções múltiplas de corrupção seriam imediatamente suspensas.
Infelizmente não é isto que se vê, e para agravar a situação o País-real ainda tem de gramar o senhor Major Valentin dizer aquelas barbaridades do costume incitando a Justiça de que quer, e exige (pasme-se!!!), ser julgado e absolvido como deve ser, ou então chateia-se. Com efeito, e aqui trata-se da ordem pública e de respeito pela lei e pelo convívio entre os homens em contexto desportivo, Portugal deveria aprender bem esta lição italiana e aplicar a lei de talião que consiste na justa reciprocidade do crime e da pena.

Assim se evitariam males maiores: 1) que os adeptos enfurecidos e animados pela irracionalidade da multidões enraivecidas fizessem justiça pelas suas próprias mãos;

2) O governo introduzisse alguma disciplina e ordem pública na "futebolítica" em Portugal, que hoje não passa duma selva gerida por pequenos barões - valentin, pito da Costa, madail e quejandos - que se servem das estrututras desportivas que dirigem para levar por diante planos macabros e ambições pessoais de vitórias permanentes, nem que para isso tenham de corromper árbitros, recorrer ao serviço de prostituição, corrupção, violência física (como sucedeu, alegadamente por Jorge nuno pito da costa, como bem descreve a sua ex-companheira, Carolina Salgado (sal pela parte da mãe, g. pela parte do pai) e a outros expedientes que só eles, alegados corruptos, conhecem e meteram em prática e que esperemos venham a ser descobertos e punidos pela justiça em Portugal. Embora tema que o resultado seja o arquivamento por falta de prova..

Enfim, tudo isto é lamentável num País de faz-de-conta, como Portugal. Mas ao menos parece que a Itália aprendeu a lição. Nós, aqueles que ainda são pessoas de bem e que têm autoridade e influência no Futebol em Portugal, bem poderiam seguir os bons exemplos italianos. Pois nem tudo o que vem de lá é mau...

Além de que o futebol não é nenhum circo romano, é apenas uma actividade física e lúdica do homem que deve ser praticada de forma civilizada e em acordo pela ordem pública. Não atender a esta regra d' ouro é permitir que a selva se instale. E é isso que nós não queremos.

E ao não querer isso é dizer que a troika de alegados corruptos (Valentim, Pinto da costa e madail) que tem dado uma péssima imagem ao futebol nacional nesta última década, deve imediatamente de se ir embora. Alguns deverão fazê-lo depois de julgados e após cumprirem as devidas penas e de pagarem as respectivas indemnizações... Se houvesse Justiça seria assim!!!