sexta-feira

Dois pesos e duas medidas...Moralidade pública, vicíos privados

Maria José Morgado falou sobre aborto como "cidadã e jurista". O procurador-geral da república, Pinto Monteiro, esclareceu hoje que a intervenção de Maria José Morgado numa conferência a propósito do referendo sobre o aborto foi feita "na qualidade de cidadã e de jurista" e não na de procuradora-geral adjunta." (...)
Maria José Morgado defendeu, anteontem, que o aborto ilegal "é um negócio de dinheiro sujo" que potencia a corrupção, comparando algumas clínicas que realizam abortos em Portugal às "slot machines" dos casinos. "Há clínicas em Portugal que são 'slot machines' de ganhar dinheiro", afirmou, na Assembleia da República, numa conferência organizada pelo grupo parlamentar do PS e intitulada "Sim à Despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez". (...)

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  • O opotunismo político de Paulinho das feiras já começa a ser gritante e tresanda a hipocrisa, como tudo o que vem daquele partido do táxi de gente sectária. Vejamos:
1. Instiga a que exista no seu próprio partido um clima de guerra psicológica com o fito de massacrar o actual líder - que também não leca o partido a lado nenhum;
2. Enquanto jornalista e comentador da sic de Balsemão é tudo menos um analista independete ou imparcial. Tudo alí é cirurgicamente visado, e quando ele se põe a gabar o seu amiguinho Nobre Guedes acerca da sua vocação para o Ambiente é dum facciosismo atroz, para não dizer ridículo; mas poderia dar "n" exemplos em como a sua agenda-setting não tem outra preocupação senão atingir os adversários e favorecer os amiguinhos políticos.
3. Depois é a última pessoa a ter moral para falar em Portugal, dado que enquanto director do Indy teve uma conduta vergonhosa, difamatória, injuriosa envolvendo inúmeros ministros de Cavaco que depois se veio a confirmar terem sido injustamente difamados.
Que me lembre o sr Portas deve ter sido acusado umas boas dezenas de vezes em processos em tribunal, e deve ter pago milhares de contos em indemnizações, uma das quais foi relativa à famosa manta que, alegadamente, o dito Portas disse ter sido roubada pelo então Ministro dos Negócios Estrangeiros - João de Deus Pinheiro.
Portas aproveita alguma inteligência que tem e o acesso aos media para se vender, encomendar assassinatos políticos às pessoas de quem não gosta, promove os amiguinhos, vai para a tv fazer oposição sem contraditório em directo, serviu-se de todo o grupo parlamentar para potenciar uma guerra fratricida no seio do PP e, como não tem mais nada que fazer porque o seu amiguinho Rumsfelt já foi posto no olho da rua, tenta projectar noutros - no caso em Maria José Morgado - os vícios e os defeitos de que é portador.
E é pena, mas dalí não se espera outra coisa. E desde que Durão abandonou Portugal, Lopes assumiu o governo e Sampaio dissolveu o governo e Portas e o PP foram para o olho da rua - Paulinho das feiras ficou desequilibrado. E hoje tenta fazer política assim: nos estúdios que Balsemão lhe faculta para seu próprio gaúdio num cenário tão piroso quanto cafona. São assim as iniciativas mediáticas de Portas.
Costuma-se dizer que cada um come do gosta, e desconfio que um destes dias quando Paulinho das Missas encomendar mais uma acção de graças em abono dos Impostos ainda se encontra com o Paulinho das feiras na Sé, e com jeito todos se reúnem: Jorge jardim Gonçalves, Portas, Macedo e, claro está, todos o Clero. Todos de mão dada em prol da vida, contra o aborto.
Será um espectáculo digno de ser visto, mas como a hipocrisia é tanta sugerimos aqui aos players em apreço que representem a cena na praça do Campo Pequeno...