Seria estulto não reconhecer aqui o sucesso relativo de "Paulinho das missas", nome por que já conhecido Paulo Macedo à frente da DgCI. Pois à luz das performances do ano anterior à sua chegada à DGCI qualquer resultado seria positivo, mas essa dinâmica de colecta foi reforçada com a entrada em campo de Macedo, com um conjunto de técnicos informáticos, melhor software e um mais eficaz esquema de cooperação interministerial e entre serviços da Administração Pública que permitiu "agarrar" o contribuinte (pessoal ou colectivo) mais relapso. Isto é uma evidência e deve se creditado ao Paulinho das Missas.
Contudo, isto jamais justificaria ao alarido pseudo-institucional que o próprio tem promovido nos media, na sociedade e agora também no seio da igreja. Cavalgando a onda da Igreja - até parece que ele se quer colar à dita instituição para - com a Opus dey - beneficiar de um efeito de contágio para orientar o sentido de voto das pessoas a votarem Não no Referendo do Aborto no próximo mês de Fevereiro. Certo e sabido que o bcp/millenium já entrou com uma avultada quantia de dinheiro para suportar essa posição na sociedade portuguesa. Isto até já parece a América - em que ganha aquele que mais dinheiro injectar na campanha eleitoral, qualquer que ela seja.
Mas o ponto é saber por que razão Paulo Macedo tem tido tanto suceso. A nossa justificação é a seguinte: Macedo, de facto, não fala, mas mexe-se bem nos bastidores dos jornais - onde tem jornalistas amigos, muitos deles inqualificados e sabujos, dispõe dde dois poderosos orçamentos do millenium e da Opus day - que até se confundem - e, com base nessas alavancas do poder, tenta direccionar o sentido de voto ao referendo ao aborto. O objectivo é fazer com a imagem de Paulo fique bem vista na sociedade, nos media, perante o contribuinte e também perante a igreja. faz o pleno.
E é por esta razão que ainda hoje não acreditamos que é de facto Macedo o homem dos Impostos, posto que mais parece um profissional de marketing que apenas conta - ou melhor - manda contar histórias aos contribuintes. Paulinho parece-nos, assim, um contador de estórias, alguém treinado nos retiros da Opus para induzir a psicologia da satisfação nos portugueses. E contando essas estórias depois esforça-se por torná-las realidade.
Mas isto não explica (ainda) a razão por que tal acontece. Com efeito, se um consumidor acreditar na estória do contador e vir nela algo de diferente, este tende a divulgar e a multiplicar as suas estórias. Ora, como Paulo Macedo não fala (ou não sabe mesmo falar, sofre de reumutismo - dificuldade em movimentar a língua) resta-lhe mandar os seus peões de braga andar para a frente, na certeza de que tais estórias vão encantar mais e mais pessoas, retocando a coisa com uns floreados.
Onde se pretende chegar? Uma boa estória, i.é, dita pelo profissional de marketing (ou vendida através dos media sob sua direcção) está na origem da satisfação do cliente, que somos todos nós. Apesar de aqui a satisfação do Estado ser antagónica à satisfação do contribuinte, naturalmente. Mas aqui talvez não seja muito importante saber quem está a mentir a quem,desde que a ligação tenha sido estabelecida e que a história tenha sido bem contada.
Amén.
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