Um certo jornalismo em português
Nota prévia:
Há dias referenciámos aqui um blog que, só por descuido promovi em resultado do tempo acelerado em que todos vivemos, certamente, e que não merecia a credibilidade de ser aqui citado. E como trabalhamos à pressa por vezes cometemos lapsos. E o meu lapso foi o de ter remendado um erro com outro no contexto de uma guerrinha de jornalês que tem motivações outras que não interessam nem são portadores de interesse público, muito menos no Macro. Por essa razão faço aqui o ajustamento que entendo adequado sobre as práticas de algum jornalismo em Portugal e deixo algumas reflexões aos putativos interessados.
E porque esse jornalismo que considero menor ainda existe em Portugal, devo aqui criticá-lo sem entrar em polémica e/ou querer atingir as pessoas que o praticam. O Macro não visa pessoas, critica ideias, quando elas existem...
Os melhores espaços de reflexão em Portugal - que por força da tecnologia de serviço hoje assumem o formato de blogues, que são o instrumento mais maduro do rizoma, sabem quem são esses jornalistas, conhecem o seu trajecto e formação, a sua "obra", o seu agenda-setting, e porque o fazem dessa e não doutra maneira (ou seja, conhecem as respectivas motivações). Em suma, é um jornalismo de um certo reduto social que quando "salta" para a esfera macro da política e da avaliação dos grandes agregados sociais, fica "coxo". E, como tal, acaba, mesmo sem querer, por constituir uma fundamentação desequilibrada dos erros que reconhece noutros, mas não procura recolocar o Homem e a Verdade no centro da vida e da cultura contemporâneas.
São estas, e não outras, as batalhas do Macro e do seu autor, e não comentar, ainda que à pressa, um jornalismo menor e ajustes de contas via blogues que, infelizmente, ainda campeia no País. O Macro não é veículo promotor de qualquer guerrinha, de mediocridade intelectual ou vendettas cujas motivações e pecados capitais foram explicitadas nas peças de Guilherme Shakespeare, é antes um espaço de reflexão social, cultural e político e sabe donde veio e para onde vai. Tem memória e referências, e faz mais serviço público num dia do que certos "jornalistas" em duas semanas. Só não vou referir o nome para não entrar em "soberbas" que critico noutros. Ainda que vá à pressa, mas nunca com o intuito ou a atitude de cometer excessos que possam penalizar alguém. Ainda que esse alguém já tenha praticado erros, por acção e por omissão, passíveis de ter prejudicado terceiros. E às vezes até de forma muito vulgar.
O Macro não incorre em erros reproduzidos por um certo jornalismo que considero menor, "pacóvio armado em urbano", ou seja, paroquial e com falta de dimensão e espessura intelectual que aspire à universalidade. As palavras são sempre polissémicas..., mormente em português.
É, pois, esse "jornalismo" sem finalidade ou portador de reflexão sociológica, politológica ou cultural que lamento e até me entristece ver escrito em alguns jornais ditos de referência. E um jornalismo assim, naturalmente, não transmite esperança nem promove a Liberdade. É filosofia editorial do Macro contribuir, ainda que com um "grãozinho de areia", para a reformulação e construção dessa ciência e arte que se denomina jornalismo de ideias, nalguns aspectos velha e sem conteúdo e noutras nova mas oca. Foi o que constatei no espelho retrovisor de algumas páginas de papel e até virtuais. Mas ainda bem que fui avisado a tempo, porque assim não promovo um erro com outro ainda maior. Quanto aos factos, esses continuam a ser sagrados, as opiniões livres.
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