terça-feira

Manel Pinho é um Pepe-rápido e o folhetim da ERSE/Jorge Vasconcelos

Em declarações à agência Lusa, Jorge Vasconcelos disse que foi «desconvocado pela comissão parlamentar» de Assuntos Económicos, que tinha requerido a sua presença na Assembleia da República, para prestar esclarecimentos sobre o processo de aumento das tarifas de electricidade no próximo ano. Vasconcelos foi convocado como presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), mas demitiu-se sexta-feira e segunda-feira foi dispensado do cargo por uma declaração do ministro da Economia, Manuel Pinho, uma figura que estará prevista nos estatutos do regulador.
Jorge Vasconcelos disse à Lusa que escreveu ao presidente da comissão parlamentar a disponibilizar-se para, a título individual, prestar todos os esclarecimentos que os deputados considerem necessários.
O ex-presidente da entidade reguladora apresentou na sexta-feira o seu pedido de demissão, acusando o Governo de acabar com a independência da regulação do sector eléctrico.
Jorge Vasconcelos critica o limite administrativo de seis por cento imposto pelo Governo para as tarifas domésticas em 2007, que contrariou uma proposta da ERSE, significativamente superior.
«Esta intervenção significa, do meu ponto de vista, o fim da regulação independente do sector eléctrico português. Consequentemente apresentei hoje o meu pedido de demissão», afirmou em comunicado Jorge Vasconcelos, que terminava o seu mandato a 31 de Janeiro de 2007.
Diário Digital / Lusa
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Obs. macroscópicas

So far, so good. O problema é que o ministro da Economia Manel Pinho - em cada cavadela encontra uma minhoca. Há dias foi apanhado a 215 klm no seu BMW (que dizer do Estado, nosso) - a caminho do Norte para uma reunião com um delegado da IKEA. Depois aventou aquela bujarda dos preços da energia - pela vox imprudente do seu secretário de Estado, cujo nome desconheço. Depois ainda decretou a crise em Portugal - num claro exercício de wishefullthinking, é compreensivo, mas tanto também não. Não estamos na Finlândia ou na Dinamarca... E recentemente cessou as funções do então presidente da ERSE - na sequência da sua demissão, na esperança de que este não vá alí para S. Bento - no âmbito da Comissão parlamentar específica - fazer mais estragos com os seus esclarecimentos. O ministro não quer, estraga a imagem e danifica a credibilidade (já nula) de Pinho.

Isto não deixa de me evocar aquela estória do Pepe-rápido, que era um rapazola com alguma saída na sua aldeia junto do sector femenino. Um belo dia há baile, como em todas as aldeias, e as mães das respectivas raparigas em idade fértil asseveraram devidamente as suas filhas ante o perigo fulminante do tal Pepe-rápido..

Vem o baile, a música, as danças e o todo aquele ambiente propício se instala. Entretanto, chega o aguardado Pepe-rápido, sempre o mais notado, que se dirige de imediato na direcção da menina Leninha, arapariga mais interessante e cobissada na festa. Faz o convite para dançar, que ela aceita (embora sob o olhar censurável da mãe que a fita do canto da sala), a meio da dança o Pepe diz à Leninha: abre as pernas...

- A Leninha reage: não me digas que estás já a pensar penetrar-me aqui diante toda esta gente!!??

- O Pepe: não é para "meter", é para "tirar" - Leninha...

Mau grado a comparação, e os leitores que me desculpem a ousadia do Pepe atrevidote, é isto precisamente que me faz lembrar a prática da crono-política deste ministro da Economia, Manel Pinho, que já sobrepesa nas costas do PM. O Pepe de Sócrates. E o problema é que Pinho já vai com inúmeras "leninhas" no seu palmarés sem que daí resulte um "activo" para o país. Até dá vontade de perguntar se a economia portuguesa - pela sua mão - anda a abortar (investimentos)...

Já agora, o que é que o sr. Basílio Horta anda a fazer? Desde que o PS lhe deu um tacho o homem perdeu a rebeldia, perdeu o piu. Estes políticos de palmo e meio são todos feitos do mesmo molde, i.é, são todos farinha do mesmo saco. O problema, também aqui, é que o saco é de sarapilheira e a farinha não tem qualidade. Mais valia utilizar-se pó-de-talco...