As novas "chinesisses" do infotainment. Os factóides
Aqueles são os cérebros que inventaram a nova consola da Nintendo Wii e já está a dar cartas no mercado europeu. Já assisti ao vivo um miúdo de 7/8 anos estar em vias de partir a mobília toda da Vobis por causa daqueles gestos vagabundos. Em rigor, a coisa recria uma realidade virtual impressionante que faz das crianças ainda mais estúpidas do que elas já são hoje. Um écran com uns jogos incorporados, um comando que se manipula ao gosto dos gestos braçais e vai disto: socos, murros, pontapés, mas também se pode desfrutar de um jogo de ténis e outros. Todos os gestos que se fazem em tempo real têm imediata repercussão no interior do écran. Uma espécie de efeito borboleta sLopes-Gomes da silva, quando aquele espirra este apanha o perdigoro..
Imagine que desenha com os seus punhos uma sucessão de socos, têm imediata continuidade no écran. O mesmo se diga dos pontapés, joelhadas, cabeçadas e conexos... Alguns chegam mesmo a cuspir, só que aqui o écran fica povoado de perdigotos e não creio que seja eficaz...
Nem quero imaginar se alguém dá de presente um brinquedo destes - que custa 250/300 euros - a sLopes, ou à dona zita se abra, sua amiga e editora, ou ainda ao sr. Nuno Pinto da costa & Carolina - cujo livro já rivaliza em vendas com o de S.lopes e o de Laurinda Mestre e de dona Quitéria Barbuda. Sabidos que são os problemas de flatulência P. da Costa, nem quero imaginar os resultados; e os fantamas que perseguem aqueles: no caso de LOpes (é Cavaco e Marcelo e, em menor grau, ou grau decrescente, sempaio); dona zita - o seu único fantasma é ela própria e a sua pesada consciência.
SLopes aproveitaria logo o jogo da Nintendo para acertar contas com a "troika de bandidos" e esmurrar bem esmurrada a cara a cavaco, a marcelo e a sampaio. Os fautores da sua desgraça, no seu entendimento. Seu, dele, i.é, de sLopes: o homem das percepções & realidades, ou melhor dos factóides...que são representações de realidades que só ele viu. Leia-se: as tais percepções, embora creia que tivesse sido mais correcto cunhar o seu livro aos quadradinhos como sensações e falsas realidades.
Pinto da Costa - não saberia muito bem que fazer com os comandos do Wii, mas como o seu problema maior é a flatulência, já se está mesmo a imaginar o resultado da bola de fumo que sairia das chamadas partes pudengas do dito cujo, obstruindo até a visibilidade do écran do Wii. Consta, contudo, que a "estória do peido" já teve reflexos a semana passada num avião da American Arlines que teve de aterrar porque um passageiros se "bufou" e se tornou impossível estar a bordo, há já quem afirme ter sido PC?
Mas isso agora, pouco ou importa nem sequer é didáctico. O que urge reafirmar é aquilo que aqui sempre temos dito: os jogos electrónicos são importantes, por todas as razões, até para gastar dinheiro gratuitamente. Mas o que não pode suceder é a progressiva substituição da compreensão - que envolve a leitura - pelo simples tele-ver. Assim, a criança, e quem diz esta diz todos os l'enfant terribles que andam por aí, ao deus dará, cunhados pelos favores pérfidos da Edp, não consegue compreender o mundo que a rodeia se ele simplesmente lhe for mostrado, relatado por imagens. Estas narrativas superficiais sabem sempre a profecia domingueira: comunica-se bem, mas não em profundidade. É como mergulhar no rio Tejo à superfície
E assim, o cérebro das crianças ficam sempre reféns das imagens que o software lhes fornece, das imagens que aparecem no vídeo, e não aquelas narrativas que ele concebeu, projectou e inventou. Por tudo isto, lamentamos desapontar alí o nosso amigo Satoru Iwata - mas, por mim, não ambarcarei nessa nintendada. Até porque o mundo real não se resume a umas cabeçadas, joelhadas e socos. Embora às vezes alguns de nós, a avaliar pelo comportamento medíocre de certos políticos lesivo para o bem comum, fiquem com vontade de exercitar essa arte na carola de algumas focas que andam por aí a mostrar e a degradar ainda mais a sua já torpe imagem e ambição...
Infelizmente, a cultura que hoje campeia é a cultura da imagem. Quase só falta dizer, biblicamente, que no príncípio era a imagem. Foi ela que destruiui gradualmente a "palavra", hoje reduzida a pó na mente e no vocabulário dos jovens portugueses. Basta falar com um 2 min. para registar essa vacuidade. Mas, de facto, não vejo como é que o joguinho da Nintendo - que aqui já publicitei à la gardére - possa converter a actual "estupidez" dos jovens em capital-inteligência???
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