quinta-feira

A queda de Carmona em Lisboa; a entrevista de santana e a conduta sensacionalista da RTP

Imagem picada no Jumento

Lisboa: PSD volta a estar em minoria Carmona Rodrigues rompe coligação em Lisboa a pretexto da reabilitação da Baixa Chiado O presidente da Câmara de Lisboa pôs fim, quarta-feira, à coligação que tinha com o CDS-PP, ao retirar os pelouros à vereadora Maria José Nogueira Pinto, o que coloca o PSD em minoria na governação dos destinos da capital.

O equilíbrio de forças na autarquia lisboeta regressa, assim, à situação saída das eleições autárquicas de Outubro de 2005, com os oito vereadores do PSD em minoria em relação aos nove eleitos pela oposição: PS (cinco), CDU (dois), Bloco de Esquerda (um), CDS-PP (um).

Situação oposta à da Assembleia Municipal de Lisboa (AML), presidida por Paula Teixeira da Cruz (PSD), onde os sociais-democratas têm maioria absoluta.

Recorde-se que o presidente da Câmara, Carmona Rodrigues (PSD), retirou os pelouros a Nogueira Pinto depois de a vereadora democrata-cristã ter chumbado o nome de Nunes Barata para a presidência do conselho de administração da Sociedade de Reabil itação Urbana (SRU) da Baixa Pombalina, numa votação secreta. [..]

Obs. do Macroscópio:

É óbvio que é o endividamente colossal da autarquia, a corrupção na gestão corrente das obras em Lisboa, o desnorte político, o cunhismo e o nepotismo têm desgraçado a gestão de Lisboa sob esta torpe liderança de camona Rodrigues. O qual, aliás, devia ter sido impedido legalmente de continuar a sua função na sequência dos provados actos ilegais praticados à sombra do seu mandato e que foram denunciados pelos moradores da av. Infante Santo - local onde está sendo construido um edifício sem as devidas licenças camarárias. E em relação ao qual o Tribunal Administrativo se pronunciou no sentido da não prossecução daquele mandato por violação grave de regras de direito.

Isto é só a ponta do Iceberg, aquilo que se esconde prenunciaria que esta equipa da 7ª divisão jamais deveria ter entrado em funções. Mas isto foi mais um erro de Santana Lopes - empurrado para o governo pela ambições torpes e desmedidas de Durão barroso - que, na sequência da Cimeira dos Azores/guerra do Iraque - passou a ter como objectivo pessoal ser presidente da Comissão Europeia, o que conseguiu com a ajuda de Tony Blair e de G.W.Bush - hoje arrastadeiras políticas que estão em agonia e aguardam só o calenddário das eleições para se dissolverem no eter que os gerou.

Os lisboetas anseiam agora por duas coisas: a demisão de carmona e a não recandidatura do vaidoso e estéril Mª Carrilho - à edilidade. A personalidade deste também se revelou ao país pela sistemática ausência nas reuniões de Câmara - oportunamente denunciadas pelo seu nº 2 - Nuno Gaioso - a quem foi tirada a confiança política pelo seu próprio partido. Aqui o PS ainda conseguiu ser pior que o velhinho pcp/estalinista português - de que a demissão do autarca de Setúbal foi um péssimo exemplo. Por vezes penso mesmo que Portugal se deveria chamar Albânia...

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Aqui faltam Cavaco e Marcelo. Mas são actores de menor responsabilidade nesta cruzada de SL.

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Um destes homens vai hoje à rtp falar, falar, falar, falar sobre um livro, o seu livro, publicado por dona zita seabra, ex-comunista-hoje-no-psd-de-MMendes; dona Judite terá de fazer perguntas; santana terá de responder; mas que interesse informativo-formativo terá uma entrevista dessas que não seja rivalizar audiências com a sic que à mesma hora entrevista Cavaco Silca????

As direcções de informação têm de (re)pensar sériamente os seus formatos, os seus conteúdos, os seus convidados, pois assim o lixo televisivo tende a aumentar exponencialmente. Será um mau serviço que a rtp prestará a Portugal - agendando aquilo que não é agendável, por notória falta de interesse público do assunto.

Por isso, dizemos daqui a dona Judite de Sousa e à Dir. de programas de rtpúm que lamentamos a forma como se faz o seu agenda-setting naquela estação pública paga com os impostos de todos nós. Neste caso, quanto pior melhor, nivelam por baixo - exclusivamente por causa das audiências e das receitas Pub., estimulando, assim, a polémica estérial, a intriga execrável, aprazando o conflito útil e mediático (entre Santana, sampaio, marcelo e Cavaco - que são as sombras e os fantasmas de Santana), induzindo - cumulativamente - um ambiente de mesquinhez na sociedade lusa (que por natura já tem essa conduta) que só pode instabilizar ainda mais a vida pública, a serenidade e a produtividade da nação.

A qual agora se vê confrontada com um panfleto desdobrável em que o seu autor mais não faz do que procurar autojustificar-se pela sua própria impreparação técnica e intelectual e pela incompetência política por demais gritante ao longo dos parcos meses que desgovernou Portugal. Ante este quadro realista - aquilo que o autor do panfleto deveria fazer era sair de cena e pedir desculpa aos portugueses por ter lesado o país, e nisso se deveria fazer acompanhar por Durão - seu co-responsável, e não editar um livro que agora é objecto de tratamento de favor só porque a televisão do Estado assim resolve. A RTP - terá urgentemente de rever os seus critérios informativos, sob pena de se transformar no cabaret da coxa em Portugal. Com a agravante dessa "marmelada desinformativa" exclusivamente sensacionalista se fazer, repito, à pala dos impostos dos portugueses.

E para quÊ??? Repito: para gerar uma montanha de notícias hediondas, sem a mais leve ponta de interesse público - mas cujo fito é ir continuando a alimentar esta alienação colectiva - como se os milhões de tugas fossem bois a puxar arados neste Portugal dos pequeninos.

Deveria haver um sistema de segurança que garanta que espécies exóticas marginais à vida pública da nação se transformem em assuntos do dia. Uma estação de tv que não consegue fazer esta triagem é uma estação pouco ou nada credível. Pois quando um sujeito político - especialista em incendiar congressos partidários - produz uma espécie de veneno político a fim de contaminar a nação e a vida pública portuguesa, pode muito bem estar a dizer-nos que Portugal não é mais do que um farrapo. É óbvio que o fito de S. Lopes é vingar-se de algumas sacanices que lhe fizeram (e aqui perfilam-se sampaio, Cavaco e marcelo). (sampaio!!!) - também não se percebe como pode estar 10 anos em Belém à procura de ninhos de Cuco!!??...) Santana mais não pretende do que através do seu livro, lançar o seu pretenso veneno mortal nos seus rivais e inimigos políticos fidagais. Tudo para quÊ??? Para sobreviver, claro está!!! Para que Portugal não esqueça que ele existe, está ali a vociferar e a dizer à turba que quer estar disponível para a governação e o mando. À esquerda, à direita - tanto faz, desde que mande. Santana ainda não percebeu uma coisa elementar na esfera pública: a credibilidade em política é como a virgindade - uma vez perdida nunca mais se obtém. E o seu perfil, a sua conduta, o seu fito - agora ajudado e potenciado pela mão do Estado via RTPúm - mais não é do que procurar adaptar-se à sua própria toxicidade política e, assim, produzir formas de poluição ainda mais letais para a esfera pública e lançar o confusionsimo, área da sua competência. Tudo com a ajuda da RTP - a tv do Estado. Pasme-se!!! Não sendo nós adepto da intervenção da tutela no Conselho de Adminiatração da Empresa, este seria um caso mais do que justificado em que a tutela deveria imediatamente intervir no sentido de desmarcar essa entrevista que não contribuirá em nada para informar e/ou formar a opinião daquilo que os portugueses já lamentavelmente bem sabem. E aquilo que os portugueses sabem é só uma coisa: um fiasco. Ora, é esse fiasco que dona Judite e a rtp se propõem amplificar logo à noite.. Lamentável.

O mais curioso é que foi - indirectamente Durão Barroso e sampaio - arqui-inimigos de Santana - os principais responsáveis por se ter colocado Santana em Belém. Santana, por seu turno, é o principal responsável por Carmona ter demandado Lisboa. O resultado está à vista: uma desgraça manchada de actos de corrupção, de conflitualidade e de ingovernabilidade política na autarquia. Nem na edilidade de Oeiras a paralisia é tão grande... Durão quis abandonar o governo e ser líder europeu, conseguiu; S.Lpes alimentava o sonho de criança: mandar num governo, qualquer que ele fosse, nem que fosse por um dia, também conseguiu. Isto leva-me a um corolário lógico que se poderá traduzir assim:

Por vezes conseguimos aquilo que queremos, e arranjamos problemas... Neste caso para a nação. Quem pagará esta factura???

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  • Como cidadão português lamento profundamente a qualidade dos políticos que temos tido. São eles, e não o povo, as causas profundas da desgraça social e económica em que caímos. Ao povo, doravante, impõe-se que seja menos alienado e mais exigente no critério dessas escolhas para não repetir os erros e os fracassos do passado.