Criação duma Sociedade de mentirosos: Objectivo: embuste político

Na prática, a mentira política elevou-se à dignidade de categoria funcional que aqui temos vindo a teorizar de forma original, creio. Nesta óptica, e até com alguma ironia, apesar de falarmos de coisas sérias, estas práticas poderão até conduzir à criação duma sociedade de mentirosos - cuja tarefa exclusiva deveria ser o embuste. I.é., para se levar a cabo certos objectivos ou projectos o recurso à mentira seria o instrumento ambicioso mais adequado. Uma instituição respeitável, um órgão de soberania que concorreria, doravante, com o Executivo/Governo, a PR/Belém, a AR/Parlamento, os Tribunais (que nem para a casa Pia servem) e, claro está, a indústria parecística de Vital MOreira & Gomes Canotilho e compaª (e Marcelo por omissão) através do seu assento domingueiro na rtp.
1. Fica-se uma década em Belém (sampaio) tentando fazer ver ao povo que não há alternativas;2. Foge-se para Bruxelas e deixa-se Portugal a arder (durão) por imperativos políticos que ninguém conhece, senão o próprio;3. Um edil da Figueira da Foz (santana) - onde andou a plantar palmeiras - e que depois veio parar a Lisboa - lavrando aí um buraco maior do que a cidade - pretextualizando que com ele à frente da autarquia melhorariam as suas condições de vida, de transportes, habitação, etc... Acabou PM. isto faz-me lembrar aquele paciente que deu entrada num Hospital para ser operado ao pé direito e acabou operado ao pé esquerdo; ou aquela situação mais grave doutro paciente que por causa dum rim é operado à cabeça e morre.
Ora bem, todas estas mentiras na política - pressupõem que haja uma capacidade de repetição e de disseminação de falsos acontecimentos, projectos, intenções ou vontades na ordem da própria esfera pública, que assim disseminam o "virús" e serve de correia de transmissão de lorpas, de actos falhados, de malentendidos, de erros, omissões, de conflitos e de questiúnculas (ex: Santana vs henrique chaves), de impreparações, em suma, de um banho de incompetência que foi, na realidade, o que esteve na origem da queda sem dignidade do governo a prazo de Santana depois deste ter sido empossado monarquicamente por sampaio e já com Durão a rir-se no seu cadeirão de Bruxelas. Tudo culminou numa grande mentira chamada - Portugal. Caucionada por Belém e desencadeada pelas desmedidas ambições de barroso. Tudo isto foi e é indigno de portugueses que se julgam de bem. Estas pessoas, mais cedo ou mais tarde, serão julgadas pela história - independentemente da vontade do historiador A, B ou C - puxar mais para o amigo D ou E. O que aqui releva e tem valor científico e/ou politológico decorre não tanto do facto de essas mentiras terem um rosto: sampaio, barroso, santana.. - mas do facto de a mentira se estar institucionalizando no sistema político português e de aí criar raízes que já começam a ser preocupantes. Um ex: comezinho: toda a opinião pública conhece os actos ilícitos cometidos pelo deputado do psd A. Preto. A justiça é morosa, mas os jornais já descreveram os factos, as circunstâncias e estes não são conformes à lei. Então, para salvaguardar valores maiores, não seria mais razoável que o dito agente suspendesse o seu mandato até trânsito em julgado? E o que faz MMendes - seu líder - a este respeito? Subscreve, o mesmo é dizer - aceita o facto como uma realidade normal na vida pública. Incentivando, assim, casos análogos a merecerem o mesmo registo comportamental. Ora isto é tão inadmissível quanto inaceitável e desviante num estado de direito. É mesmo uma prática corrupta indutora de mais corrupção política. Salvo se se pretender tornar a mentira obrigatória e suscitar aos mentirosos imperturbáveis que mintam cada vez mais, de preferência por todos os poros da pele, porque haverá sempre pequenos líderes, partidos, instituições, organizações e núcleos de interesses ou corporações que apoiarão sempre essas práticas corruptas que estão hoje a minar a política, a economia, a sociedade e a cultura portuguesas. Logo à noite os portugueses irão por certo assistir à representação mediática duma falsidade salutar, dum panfleto sui generis, enfim, dum exercício artesanal ligado à arte da mentira e da dissimulação em política. Sendo que para o efeito urge condimentar esses desvios com rumores, com zuzuns, boatos, falsidades, malentendidos e também esquecimentos e omissões - típicos das mentiras úteis a que sempre recorre quem esteve, está ou aspira a regressar ao poder. Nem que seja pela porta do cavalo, que é como quem diz - pela porta da rtpúm... Confesso, que por vezes me envergonho profundamente de ser português. E se alguém me pudesse converter num espanhol para me evadir destas torpezas degenerativas que partem um país e o deixam em frangalhos - não hesitaria. Será isto anti-patriotismo?! Creio que não. Até porque a mentira, é como o poder, também tem limites.
Hoje, é dia de repôr a máscara e voltar a desencatar os fantasmas do baú e tentar recriar a história num exercício de auto-introjecção psicanalítica que é mais aconselhável ser curado no divâ no psicanalista do que nos estúdios da rtp - pagos com os impostos dos portugueses.
<< Home