domingo

O poder das imagens, o espectáculo na política, o drama nas populações

Não existe relação entre todas estas imagens, elas têm uma individualidade própria, não relacionável. Mas todas elas têm em comum o facto de transmitirem uma mensagem forte: pelo que mostram e pelo que escondem. Neste caso, constatamos que são alguns dos membros da sociedade portuguesa - ex-ministros de Salazar - que hoje se afanam em construir um discurso refundador auto-legitimador. Nuns casos para se branquear, noutros para induzir que a pobre Direcção de Informação e de Programas da RTP o que ela deve (ou não) fazer em matéria de formatos televisos para a eleição do maior português. JPP indigna-se pelo facto de a RTP não ter incluído nessa lista - ab initio - o velho "Botas"; contudo, outros botas - disfarçados de velhos-novos democratas mas que serviram fielmente em ditadura - ainda andam por aí passeando a sua surdez, refundando-se, relegitimando-se, justificando-se. E com um bocado de sorte os parolos dos tugas mais distraídos ainda votarãm neles para a categoria de português mais ilustre.

Foto picada no blog We have caos in garden

E o que dizer de mais esta imagem burilada pelo Jumento? Aparentemente Sócrates está a mandar-nos àquela parte, com uma mímica de automobilista domingueiro. Mas o povo português, por força deste constrangedor orçamento, também se pode estar vendo ao espelho e dizendo: toma lá Socas!!! Socas pode ainda estar com uma arterite reumatóide e não conseguir encolher o dedo, tamanha foi a razia em todas e em cada uma das rúbricas do OGE para 2007. As leituras são muitas. Mas o Macroscópio inclina-se mais para um esclarecimento de tipo filosófico, que remete para as questões actuais da vida política e moral. Eis o método socrático, em que cada um mostra o argumento e razão que tem, em que cada um revela o dedo que tem. Em rigor, Sócrates (o de Atenas) alegou a ignorância de modo a incentivar os outros a exprimirem inteiramente as suas opiniões. Já estou a imaginar os 10 milhões de tugas andarem todos de dedo em riste, depois de esgotar os argumentos adversos com interrogatórios incessantes. De facto, recorde-se, não era uma bordagem que o tornasse popular em todos os bairros, até porque Sócrates não era um grande respeitador, quer das pessoas ou das crenças consagradas, na sua busca pela verdade. Em 399 a.C., os seus inimigos acusaram-no, injustamente, de impiedade e de corromper os jovens, apesar duma auto-defesa eloquente no seu julgamento, condenaram-no à morte obrigando-o a beber a cicuta. O que farão os jovens portugueses ao "nosso" Sócrates depois de terem lido o OGE para 2007? Seja como fôr, José Sócrates já aprendeu a lição: fazer 80% do trabalho sujo na 1ª metade do primeiro mandato. Depois ficará mais folgado para a recta final, que lhe permitirá ir a um 2º mandato. Más notícias para M.Mendes e S. Lopes que ainda esperneia..., salpicando de sangue aquele...

Sabemos quem é este energúmeno. O infame bin, o qual se fez filmar numa planeada coreografia de rocha macaca a fim de potenciar ao máximo o seu efeito de terror por esse mundo fora na sequência da destruição das torres do WTC em N. Y., em 11 de Setembro de 2001. Depois foi o que foi: invasão do Afeganistão, com G.W. Bush mostrando todo o esplendor da sua estupidez, seguida da invasão do Iraque (nos termos em que o foi, com Durão Barrroso à ilharga, depois este foi eleito para a Comissão Europeia) com toda a Al Qaeda a conseguir fazer passar as suas mensagens e imagens para a Al Jazeera - numa sofisticada rede de informações e de telecomunicações que incendiava o mundo. Alimentando os negócios Pub. dessa estação de televisão e fazendo crescer os ânimos anti-americanos em todo o Médio e Próximo Oriente. Porém, o mais estranho é saber porque razão Laden se fez filmar com vestes tipicamente ocidentais, quer com o camuflado sobre as vestes árabes, quer com um relógio, aparentemente um Timex - tipicamente americano??? Será tão só por estupidez, distração ou de promoção dos bens de consumo produzidos pelo Ocidente? Talvez o blog Globalidades possa esclarecer o Macroscópio sobre esta hibridização militante do foragido mais caro do mundo. Pergunto-me hoje o que seria melhor: conseguir denunciar com precisão cirurgica o paradeiro de Bin laden à Cia, avisar a torre de controlo do aeroporto da Portela, ou acertar no Euromilhões. Muitos de nós, estou certo, preferiam uma tarde bem passada com a Helena Christensen e Bárbara, jogando à sueca, por exemplo.. Uma sueca a três!!

A semanada da energia foi uma lástima, uma verdadeira electrocução. Segundo o secretário de Estado do sector a culpa é dos consumidores, que ora têmd e pagar o défice. Só lhe faltou dizer que se os tugas não engravidam as suas mulheres para fazer disparar a taxa de natalidade, o consumo e a produtividade para pagar as reformas aos velhos - que cada vez vivem mais tempo - tal decorre da carestia da energia. Inicialmente a 15%, agora a 6%. Afinal, valeu a pena a reacção enérgica dos portgueses. Antes disso o seu ministro, também já tinha dado um ar da sua graça, mostrando ao país toda a exuberância dos seus dislates e verborreia - envergonhando Sócrates e todo o governo socialista. Ouvindo um e outro lembrei-me logo do sr. Caloust Gulbenkian, e os seus 5%... Mas não será melhor regressarmos à técnica do candeeiro a "pitroil"???... Assim como assim a internet também sobrevive com uma tecnologia do séc. XVIII, primeiro com a electricidade em pó, e depois a pacote, depois ainda em choque - e hoje ela é-nos servida com baboseira ministerial depois secundada com um toque de arrogância escabrosa secretarial. Se Socas nada fizer ainda acaba electrocutado, não pela oposição, mas pelas barbaridades que brotam do seu próprio seio. Quero dizer: da teta socialista.

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Esta imagem traduz bem a cultura do FCP, com o sr. Pinto das Costas crucificando tudo quanto é oposição. Daria um bom presidente do Burundi, Uganda, grandes Lagos.. Corno d'África. Sempre que vejo este senhor, a que a dona Maria Eliza deveria promover a candidato elegível como grande português, lembro-me logo do emplastro, já personalidade mundial, e sempre que vejo o emplastro lembro-me do sr. Pinto. É uma circularidade imagética digna de estudo de semiótica ou de semiologia. Talvez a RTP se lembre de fazer um Prós & Contras sobre isso e depois convide as supra-referidas personalidades para o repasto.. Convite esse extensivo aos velhos "botas" que fazem hoje da sua vida uma corrente autojustificatória como se a história fosse aquilo que representa os seus desejos, e não a dura realidade dos factos - que hoje esses desejos pretendem apagar. Em todas estas imagens confesso desconhecer qual a pior, porque também deconheço qual é aquela que mais dano nos causa.Tavez por isso o Macroscópio seja um blog angustiado, e nós a pensar que era do tempo...