sexta-feira

Dr. House - is over

Durante largos meses alimentou os gostos duma certa boa gente. Acho mesmo que era o único programa a rolar nas tvs em Portugal que merecia ser visto do início ao fim. Hoje patinou, mas não sem antes nos lembrar quem foi: antecipativo, planificador, projectivo, sólido, perspicaz, relacional, hipotético, indutivo, dedutivo, lógico, místico, matemático, filósofo, físico, profeta, sedutor, frustrado, complexado, angustiado, misógeno, genial, duro, cruel, masoquista, parvo. Morreu mas ressuscitou para morrer e reviver hoje nas mentes de muitos de nós. Em Portugal, creio, não deixou escola porque cá os médicos, por grosso, são uns valentes canastrões que se arrastam com o rei na barriga, não têm 2% da sua genialidade e não andam meio despidos pelos corredores. Também raramente coxeiam, emboa sejam coxos, à sua maneira... Ficaram-me muitas lições, mas ressalto apenas uma: devemos ser sempre e em todo o lado humildes como o velho Sócrates de Atenas e reformular sempre a velha equação: eu só sei que nada sei. E eu tenho dias que nem isso sei...
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