Lideranças vs regionalização

Um pensamento e discurso bizarro - vago, esterotipado e até metafórico começa já a delinear-se no sentido de afirmar-se que Jerónimo está a pôr à prova a sua liderança no partido ante os actos ilegais e os erros políticos múltiplos que o autarca demissionário acumulou neste último ano à frente da autarquia de Setúbal. E se amanhã M. Mendes decide exercitar os mesmos critérios e métodos em Lisboa??? Por maioria de razão - pesando a gravidade do caso dos assessores que esbanjam boa parte do budget alfacinha (que deveriam ser canalizados para obra de interesse comum) e a catadupa de actos ilegais praticados pelo ainda autarca na capital a fim de viabilizar obras sem licenças nem alvará, - perguntamos se carmona, por maioria de razão, não deveria já ter sido impugnado pelo Tribunal que tutela esse tipo de crimes administrativos - cuja fronteira com a pura corrupção política é muito difícil de distinguir. Agora até ficamos baralhados, pois se contestamos a posição de Jerónimo do caso de Setúbal, gostaríamos de ver Mendes a testar a sua liderança no caso de Lisboa. Não por causa do folclore política subjacente, mas pura e simplesmente porque estes actores já provaram não servir para governar em prol do bem comum. E quem governa sem ter este objectivo como meta é melhor arrumar as botas e ir desenhar pontes para outro lado... De preferência, pontes de lego...

• Pela 1ª vez - quando um turista me pergunta donde era - respondia sempre que não era de Lisboa (apesar de o ser), assim não veria o meu nome associado a esta (con)gestão política do sr. ingº carmona. O tal que dizia que não era político, e como engenheiro vê-se a obra que tem feito, designadamente em colocação de amigos políticos (ineptos) em lugares-chave nas empresas municipais a fim de garantirem mais facilmente a manutenção do status quo. Qualquer dia cai o status e fica só o quo. Coragem juízes... Se o caso de Setúbal for um precedente - Lisboa vai a seguir e, quem sabe, esta não será a grande oportunidade para Sócrates fazer a regionalização desejada e, en passent, limpar o país de gatos corruptores, ajudar as populações e desenvolver o Portugal-profundo e, ao mesmo tempo, poupar algum no âmbito do OGE para 2007 - que, bem poupadinho, ainda dará para mais um mandato de 4 anos. Bem vistas as coisas, Socas é que fica a ganhar com esta desorganização de partidarite entre o PcP e o PsD - tendo por epicentro os respectivos pólos da desgraça, os quais têm nome: o sr. Sousa e o sr, Rodrigues. Portanto, Sousa & Rodrigues amanhã ainda estarão associados à RCP - Regionalização em Curso em Portugal.