Portugal "SS" e o burro de Buridan...
O Portugal romântico vive um momento realista. Romântico pela visão, realista pela necessidade dramática na luta dos problemas e conflitos que temos pela frente. Portugal mais parece um (tubo de) ensaio político romanceado em que há duas figuras centrais: Santana e Sócrates (SS) que intervém na área de influência da outra, mas em que nenhuma interfere com o País. Parecem dois conselheiros “acácios”, de ontem e de hoje, especializados em elogios fúnebres e referências à querida Europa que desconhecem, mas têm pena. Como o macarrão da sua querida Itália, onde lamentam (também) nunca ter estado.
É assim que vejo o “Portugal SS”, prolongando o projecto queiroziano de vingança e de retrato decadente do País, novamente ameaçado na sua autonomia política e sobrevivência económica e cultural. É o Portugal paroquiano da compra de votos e da obsessão com a imagem (política) revestida com factos Armani e corte de cabelo à George Clooney. O objectivo do momento é identificar a motivação dos comportamentos sociais para saber como melhor subordinar os vencidos às máquinas partidárias lideradas por caciques sem escrúpulos que, além de não terem uma visão para o país, falam mal o português e foram repetentes na escola (...).
- Nota: amanhã disponibilizaremos a 2ª parte desta reflexão.
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