domingo

GARGALHADA PENSANTE (republicação a pedido de amigos e críticos que também são amigos-críticos)

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GARGALHADA PENSANTE Quem é o político que publicou um livro que reúne os seus pensamentos políticos e filosóficos? Porventura, o ciber-leitor mais politizado saberá de quem se trata? Se não sabe é grave, porque se trata de um verdadeiro tratado político que hoje faria inveja a Aristóteles, Maquiavel, Locke, Kant, Hegel, Russel e, claro, Maria Carrilho – com os seus jogos de racionalidade que ninguém leu ou entendeu. Como as reflexões são em número de 90, todas ilustradas, aqui apenas daremos conta de umas quantas, precisamente para estimular o leitor interessado nesta “alta cultura” a investigar os mistérios da mente. Com efeito, trata-se de reflexões que, pelo gabarito e pela sua originalidade, suscitam alguma perplexidade. Vejamos: 1) “A liberdade mental deve ser da autoria do próprio indivíduo”; “O comprido é a negação do curto, bem como o alto o é em relação ao baixo, que assim se apresentam com a igualdade de posição de relatividade”. 2) “O não tempo é tempo que não pode ser tempo, com o tempo”; a beleza de uma mulher elegante, é a atrapalhação do cabr.. do macaco da Indochina!”; “Se eu fosse rico não precisava de andar a pé”; mas se fosse tal, teria muitos carros, e como estes e por razões de tanto andar de carro, a coluna vertebral desequilibra o corpo: logo, não preciso de ser rico, tenho apenas o suficiente para o meu conforto familiar”; Todavia, há algumas reflexões que denotam alguma desilusão no seu pensamento político. A dada altura, este pensador diz: "Quando se viaja para o estrangeiro, e a partir do momento em que o avião se descola da pista do aeroporto internacional Osvaldo Vieira, dá-se o início do respiro da tranquilidade; e de regresso para Bissau, mal se atravessa a fronteira do exterior para o interior do país, começa-se a sentir a atmosfera da insónia e do sufocante respiro da tranquilidade abafada”. Certamente que estas reflexões marcam um sinal indelével na cultura política mundial, capaz até de fazer inveja às vulgatas mais recentes do Pensamento Político Contemporâneo. A terminar, o misterioso pensador alinha ainda mais uma reflexão: “Em política quando se adormece sossegado acorda-se com tudo perdido”. Será que este actor tem alguma representação, intermediário ou ressonância em Portugal? Já sei que o leitor está a pensar no PM…, mas não é…
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