quarta-feira

Evocação de Rachel CARSON, Silent Spring -

Nota biográfica: 

Rachel Louise Carson (Springdale27 de maio de 1907 – Silver Spring14 de abril de 1964) foi uma bióloga marinhaescritoracientista e ecologista norte-americana. Através da publicação de Silent Spring (1962), artigos e outros livros sobre meio ambiente, Rachel ajudou a lançar a consciência ambiental moderna[1]. Começou a carreira como bióloga marinha no United States Fish and Wildlife Service dos Estados Unidos, tornando-se escritora em tempo integral a partir dos anos 1950. Seu livro de 1951, The Sea Around Us, tornou-se um bestseller e ganhou o National Book Award, o que lhe deu segurança financeira e reconhecimento nacional[2]. Seu próximo livro, The Edge of the Sea e a nova edição de Under the Sea Wind, também se tornaram sucessos de vendas. A trilogia explora a vida marinha, desde à zona da praia até as profundezas[3].
No final dos anos 1950, Rachel começou a analisar a conservação ambiental, especialmente problemas que ela acreditava serem causados por pesticidas sintéticos. O resultado dessa pesquisa se tornou o livro Silent Spring (1962), que levou à população norte-americana uma preocupação ambiental sem precedentes. As companhias químicas logo se opuseram às colocações de Rachel em Silent Spring, e se engajaram em uma campanha de difamação da autora e do livro. Mas o legado de Rachel acabou por reverter a política nacional de uso de pesticidas, o que levou ao banimento do uso do DDT e de outros pesticidas nos Estados Unidos[4]. O trabalho de Rachel também levou à criação da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos. Postumamente, Rachel recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade pelo presidente Jimmy Carter, em 1980[5].


Silent Spring, 1962
Full text, aqui


Rachel CARSON, que certamente muitos desconhecem foi, talvez, a mulher que mais contribuiu para a criação duma verdadeira consciência ambiental nos EUA na década de 60 (séc. XX), e que mais eficientemente desmontou as estratégias e os esquemas da poderosa Indústria química de então, que, aliás, tudo fez para desprestigiar a autora de Silent Spring que denunciava o carácter nocivo dos pesticidas nos solos e sub-solos e, através disso, prejudicava toda a cadeia alimentar da vida animal e vegetal. 

Nesse ano os pássaros deixaram de cantar...

Foi ela, melhor do que ninguém, há quase meio século, que descobriu que o mundo estava doente, as políticas públicas eram lesivas para a Natureza, o desenvolvimento e para a condição humana e, por essa via, a bióloga conseguiu explicar a razão por que nesse ano a Primavera foi silenciosa e milhares de agricultores viram as suas vidas desgraçadas.

Deixo aqui o doc. para quem nunca teve a oportunidade de o ler e tirar as suas conclusões.

Desde já adianto que Carson não beneficiava de campanhas de marketing globais, não dispunha de financiamentos para as suas actividades, nem tinha uma agenda oculta para se beneficiar ou promover a sua carreira (seua amigos e familiares) à boleia do tema da prevenção ambiental que, na década de 60, ela fez de forma precursora. 

Seria neste imenso legado que os media se deviam centrar, e não em crianças egocêntricas, que debitam as banalidades da vulgata pró-ambiental plasmadas nos prefácios dos livros do sector, e que só enumeram problemas e desconhecem todas as soluções. 

Até no modo como os media reagem a estes fenómenos, acompanhado dos agentes políticos que (também) não querem perder a boleia do mediatismo e do tropismo pró-ambiental, revela que o mundo em que vivemos está verdadeiramente doente.

Mas não é a endeusar crianças que salvamos o planeta e cujo mérito foi fazer uma greve de fome pelas questões ambientais, mas, sim, repegar nos trabalhos cientificamente valiosos de quem sabe o que fez e, pela via do conhecimento e da experimentação (com o auxílio da C & T), poderá identificar futuras respostas aos problemas globais colocados pela economia capitalista e pelo modelo de desenvolvimento com que nos defrontamos actualmente. 

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Via Wiki

Silent Spring (no Brasil/Portugal: Primavera Silenciosa) é um livro escrito por Rachel Carson e publicado pela editora Houghton Mifflin em Setembro de 1962. O livro é amplamente creditado como tendo ajudado no lançamento do movimento ambientalista.[1]
New Yorker começou a editar Silent Spring em Junho de 1962, tendo sido publicado em forma de livro mais tarde nesse ano. Quando o livro Silent Spring foi publicado, Rachel Carson era já uma escritora bem conhecida na área da história natural, mas não tinha sido previamente uma crítica social. O livro foi amplamente lido, especialmente após a seleção pelo Book-of-the-Month Club e após a presença na lista de best-sellers, tendo inspirado ampla preocupação pública com os pesticidas e poluição do ambiente natural. Silent Spring facilitou o banimento do pesticida DDT[2] em 1969 na Suíça e [3] em 1972 nos Estados Unidos.
O livro documentou o efeitos deletérios dos pesticidas no ambiente, particularmente em aves. Carson disse que tinha sido descoberto que o DDT causava a diminuição da espessura das cascas de ovos, resultando em problemas reprodutivos e em morte. Também acusou a indústria química de disseminar desinformação e de se aceitar as argumentações dessa indústria de maneira pouco crítica.
Silent Spring tem sido colocado em muitas listas de melhores livros não-ficcionais do século XX. No Modern Library List of Best 20th-Century Nonfiction era número 5 e número 78 no conservador National Review.[4] Mais recentemente, Silent Spring foi nomeado um dos 25 maiores livros de ciência de todos os tempos pelos editores da Discover Magazine.[5]
Uma sequência, Beyond Silent Spring,[6] com co-autoria de H.F. van Emden e David Peakall, foi publicada em 1996.

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