segunda-feira

A história repete-se...

Resultado de imagem para lei do silêncio na ar"
A história repete-se...
- Quem não se lembra do ambiente e da cultura do medo e do silêncio, qual omertà instituída no reinado do cavaquismo, nos anos 80 e 90 do séc. XX?!
- Os ministros do então PM, Silva - eram meros colaboradores de cavaco, e os secretários de Estado eram ainda mais banalizados, ou seja, não passavam de simples "ajudantes" sem qualquer dignidade institucional e autonomia política.
-Cavavo foi, assim, uma espécie de eucaliptp que secou tudo em seu redor, e também por isso as lideranças que se lhe seguiram - movidas pelo interesse próprio (barroso) e pela asneira e incapacidade de liderança e de reformar o país (santana lopes) - contribuíram decisivamente para enterrar sociológicamente o PSD e metê-lo no túnel negro onde ele hoje se encontra e donde ameaça não conseguir sair.
- Na prática, o cavaquismo, entre muitas outras características, simbolizou a prepotência, a cultura do "quero, posso e mando", e, claro, da falta de diálogo político e institucional na sociedade portuguesa.
- Constatar hoje a existência dessa cultura da imposição e do silêncio na casa da democracia, que é a Assembleia da República, impossibilitanto os partidos mais pequenos de interpelarem o PM nos debates parlamentares, designadamente o Chega, o Livre e a Iniciativa liberal (que apenas se representam com um só deputado) significa um retrocesso civilizacional na forma de exercer a nossa democracia representativa, e imputar esses custos políticos a quem hoje concentra as alavancas do poder, em particular a quem manda no Regimento da AR e da Conferência de líderes, o que coloca os actuais poderes ao nível da cultura política do cavaquismo.
- Verificar, ao cabo de mais de duas décadas, este paralelismo, é um exercício tão triste quanto lamentável. Seja como for, é bom que soem as campainhas de alarme aos ouvidos moucos do actual PM, que sempre se insurgiu contra essa cultura do medo e do silêncio traduzida no impedimento de falar livremente, por isso é muito estranho ver em A. Costa, ainda que indirectamente, uma réstia dessa cultura da imposição e da boca calada vinte anos após a cultura do cavaquismo ter ditado as suas regras em Portugal.
- O que o país assistiu ao ver que aqueles três deputados não podem falar na AR, em razão da sua importância sociológicamente, é, não apenas legitimar os populismos que alguns daqueles deputados representam, como enfraquecer a verdadeira democracia representativa em Portugal, ante um presidente da AR (Ferro Rodrigues) fraco e agastado a quem já poucos reconhecem a autoridade para, nos momentos decisivos, bater o pé ao partido de que é originário: o PS.
- No fundo, a história repete-se, ainda que sob outras roupagens...
_________________________________

Etiquetas: