quinta-feira

Passos Coelho: um nado-morto e um PSD à deriva


Passos fez o papel do polícia que fingiu que não viu o assalto para não ter problemas...

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Ocorreu hoje o debate do OE/17 no Parlamento. Foi um debate activo e intenso por parte de todas as bancadas parlamentares e em que cada partido enviou o seu melhor orador para combater o oponente e convencer o país de que os partidos são sérios, competentes e, uma vez no poder, se preocupam verdadeiramente em defender e promover os interesses do povo, e na oposição fazem o mesmo. 

Só mesmo os parvos e os parvinhos, que são parvos a dobrar, acreditam nessa versão. Adiante.

Mas há um  aspecto que aqui sublinho, porque ele é sintomático do que virá depois na vida pública nacional, ou seja, no intenso debate que se desenvolveu Passos Coelho, ainda que presente, não abriu a boca, nem por acção nem por omissão. Foram os deputados do costume, o imberbe Miguel Morgado e o orquestrador Montenegro que falaram pelo chefe, que, aliás, não chefia coisa nenhuma num PSD moribundo. 

Passos foi um verdadeiro nado-morto, não dando sinais de vida. Apenas batia palmas aos seus parlamentares, como quem se demite da liderança do partido, do combate político na casa da democracia e, no limite, em partilhar com o país uma visão alternativa do desenvolvimento e do futuro de Portugal, se a tivesse. 

No fundo, o nado-morto Passos estava alí com um único propósito: anunciar ao país que já não é líder de coisa nenhuma, e que o seu delfim é, doravante, Luís Montenegro, que revelou uma especial aptidão para contar estórias e embrulhá-las com um certo papel pardo muito utilizado nas mercearias para embrulhar enchidos. Foi, aliás, nisso que consistiu o seu número em directo para o país. 


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