O descrédito absoluto do sr. domingues
Narrativas paradoxais numa república das bananas
O problema, a esta altura, é saber se o sr. Domingues pretende assumir a presidência da CGD mediante a apresentação - extemporânea - da declaração de rendimentos ao TC - que a lei lhe exige desde sempre, e que ele, desde sempre, se quis furtar a entregar - violando o império da lei neste estado de direito que este gestor - "mui inteligente" - parece desconhecer.
Como pode um homem "tão inteligente" ser, afinal, tão desrespeitador do estado de direito onde vive?!
Será que quis gozar com os portugueses? Medir forças com o ministro das Finanças (que lhe prometeu isenção dessa obrigação junto do TC) - e que foi publicamente desautorizado pelo seu PM?!
O resultado imediato - é que o personagem já é conhecido no país por ser proprietário dum prédio na capital - onde habita - avaliado pelo Fisco em 1M€ - mas que - mui diversamente - o mercado avalia em 4ME (quatro vezes mais).
Será que corrompeu o fisco - ou algum funcionário - naquela sub-avaliação?! Será que houve erro, lapso ou laxismo nessa avaliação? Não será curial mandar avaliar o imóvel em questão para dissolver as dúvidas?
O sr. domingos, com letra pequena, além de estar sob fogo da desconfiança generalizada da opinião pública (e publicada!!), é já um nado-morto, que antes de o ser já era. Ou seja, mesmo que queira ir para a CGD - o sujeito já perdeu toda a CREDIBILIDADE e gravitas necessária para o desempenho dum cargo dessa relevância. Os seus cinco ou seis administradores podem venerá-lo, mas o país desprezá-lo-á até à medula.
Em qualquer país civilizado o sr. Domingues não só já não poderia aceder ao cargo para que fora nomeado, para gerir dinheiros públicos, como ficaria inibido de funções públicas durante uns bons anos.
E seria isso que o chefe da geringonça, A. Costa, que também não está isento de responsabilidades nesta gestão política lamentável, deveria defender e afirmar publicamente. É que ele é o PM de Portugal, e não o pm da CGD ou o patrono de dois monos (Centeno e Domingos), e o facto de ter sido omisso na gestão dessa informação faz dele, automaticamente e pela natureza das coisas, co-responsável desta miserável trapalhada que provoca imensos custos reputacionais ao país.
E isso, naturalmente, terá custos políticos mas, acima de tudo, terá custos para a economia e o seu financiamento a partir da CGD - hoje mais preocupada com a fortuna pessoal de meia dúzia de pindéricos, que revelam desconhecer a lei, o interesse público e a mais elementar ética republicana - do que com o tecido económico e social de Portugal cujas PMEs aguardam urgentemente por financiamentos da CGD.
Somos mesmos MISERÁVEIS - não somos?!
Um agente político que não compreenda (ou finja não compreender isso) no plano governamental - não deveria gerir a polis - para onde convergem os interesses de todos.
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Etiquetas: António Domingos, Descredibilidade, Violação do estado de direito, Violação ética republicana
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