Eduardo Lourenço é a nova bússola de Belém
Em Belém, consabidamente, estavam móveis velhos, inúteis, daqueles que ocupam espaço sem qualquer proveito para o bem comum que ensinava Aristóteles e que, por essa razão, se despejam nas ruas à espera que passe a recolha do lixo feita pelos camiões da autarquia.
Belém era assim, e assim foi na última década. Um tempo perdido. Quer com o seu principal locatário, quer com aqueles que aquele escolheu para o aconselhar. Foi tudo em vão.
Decididamente, MRS, o Presidente "to be" está apostado em fazer o pleno em pequenas grandes decisões de que dependem dele, e esta, com a escolha de Eduardo Lourenço para conselheiro de Estado - já aceite pelo próprio - é uma escolha útil para a república.
É útil porque o ensaísta é também um filósofo que há muito equaciona Portugal e o papel dos portugueses no Mundo. Ora, isto num país de monos é, convenhamos, uma grande novidade que a república e os portugueses certamente vão saber reconhecer e, a seu tempo, se for caso disso, agradecer.
Boa sorte, pois, para Eduardo Lourenço e, já agora, para o PR-comentador. Da utilidade à república de ambos aguarda a sorte dos portugueses.
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