A palavra e o incognoscível - a raiz do universo vergiliano -
Sente-se sempre falta daquilo que o outro não percebe...
- Pouco mais somos senão a consciência das nossas sensações.
Ao embate de um sentir que é o o da original relação do eu com o mundo, a palavra é um impossível ou chega já um pouco tarde. E acaso uma língua não se "escolheu" a si mesma nessa relação primordial com o mundo, para ser depois aí a organização dos limites de um pensar? (...) Porque não se decide de um pensar, pelo pensar, mas pelo fundamento no incognoscível de nós.
Pensar
A interrogação do incognoscível. Aí está, seguramente, a raiz obscura que dinamizou desde sempre o pensamento vergiliano e sua obstinada busca da palavra fundadora. Aquela que revelasse não só o real autêntico, mas principalmente a possível verdade definitiva do eu que sente, pensa e nomeia esse real.
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