segunda-feira

Cavaco é o maior subversor da ordem política em Portugal. É um pirómano, mas procura dar imagem de bombeiro


1. Cavaco continua a exigir condições ao PS que não exigiu à dupla de meliantes, Pedro e Paulo, durante a coligação pós-eleitoral. Isto revela parcialidade e facciosismo, além dum comportamento de seita, mostrando aquilo que cavaco é, ou sempre foi: um chefe (primário) de tribo. A tribo neoliberal desta extrema-direita que pretende privatizar Portugal (de que a TAP é um exemplo lamentável..), vender as suas empresas a pataco e favorecer interesses empresariais privados e amigos e amparar na queda os amiguinhos do costume que, aliás, colocou - a custo - no poder em 2011;

2. Outro exemplo que revela a má fé política e a perfídia pessoal de cavaca decorre da exigência ao PS de explicitar qual o papel da Concertação Social (CS) em matéria de acordos de governo, os quais, com o Governo de Pedro e Paulo, não fizeram outra coisa senão desprezar esse diálogo no âmbito da CS, e de, coadjuvados pela troika mas indo além dela, ter degradado as relações laborais precarizando e empobrecendo os salários dos funcionários públicos e dos trabalhadores em geral. Também aqui, cavaco finge desconhecer as maldades do Governo Passos e exige, doravante, hipocritamente, que A.Costa garanta aquilo que foram 4 anos de pura e dura exploração laboral e de empobrecimento dos portugueses, agravados com uma total ausência de atracção de Investimento Directo Estrangeiro (IDE), que foi algo que o pseudo-ministro da Economia, um tal Pires de lima, expert em cervejas (ou levedura!!) foi incapaz de fazer;

3. Marcelo, de forma ágil e inteligente, goste-se ou não dele, espetou uma "lança em África", pois não perdeu tempo para criticar e desmaterializar cavaco e o residual cavaquismo, ao explicar que o PR seria o último a questionar o funcionamento do sistema financeiro; e logo cavaco que andou em 2014 a fazer o papel de notário do BES (certificando um banco corrupto e fraudulento), solicitando aos clientes que reinvestissem as suas poupanças em aplicações financeiras do BES, como quem presta (mais um!!) favor ao amigo Ricardo Espírito Santo, o qual financiou as campanhas de cavaco durante décadas. Até nisto, a atitude de cavaco é calculista, sinistra e profundamente interesseira. Para Marcelo, e bem, relevante é a aprovação do OE/2016, o resto é paisagem e poeira que cavaco tenta jogar para a vista dos portugueses -  que já só o querem ver pelas costas;

4. Sampaio da Nóvoa também tenta fazer pela vida e cola-se a A.Costa, referindo que o PR revelou uma atitude desproporcional e que já devia ter empossado o líder do PS como PM, e percebe-se porquê. Nóvoa precisa, como de "pão para a boca", do apoio político de Costa para minar o caminho a Mª de Belém, que, em rigor, não pensa nada acerca de coisa nenhuma e representa apenas uma não-candidata apoiada por algumas elites do velho PS;

5. O camarada Jerónimo, sempre certeiro na crítica, afirmou que cavaco tenta salvar a coligação subvertendo a Constituição e usurpando os seus poderes constitucionais. O líder do PCP tem razão, mas na entrevista que deu há  dias a Maria Flor Pedroso - revelou ser um homem fora do tempo, desactualizado, com ideias e conceitos muito primitivos e, por todas essas razões, no fundo e na forma, a indicar à liderança do PCP que esta carece de urgente renovação e revitalização.

No fundo, todas essas reacções da sociedade portuguesa às exigências de cavaco ao PS - traduzem uma resposta crítica comum, i.é, todas denunciam vários aspectos dos sofríveis mandatos do ainda PR: a) todos os candidatos à PR criticam cavaco, ainda em funções e a arrastar-se tentando salvar o cadáver adiado que é a Pàf; b) as suas exigências são sectárias e facciosas, pois tenta salvar a pele à Pàf fazendo exigências ao PS que nunca fez à coligação contra-natura de passos & Paulinho portas; c) e usurpa manifestamente os poderes que a Constituição lhe confere. 

Cavaco, além da sua congénita má fé política e perfídia pessoal, demonstrou, nestes 56 dias após as eleições legislativas de 4 de Outubro, em que a extrema-direita perdeu a maioria no Parlamento, que quer bloquear o funcionamento do sistema político, pretende transformar o semi-presidencialismo num "presidencialismo à norte-americana" e, por último, deixar no ar a ameaça e chantagem velada ao PS (e às esquerdas que pretendeu triturar no seu 1º discurso pós-4 de Outubro, que depois foi obrigado a suavizar) que está nas suas mãos a possibilidade de criar um governo de iniciativa presidencial, arrastando o impasse político até à tomada de posse do novo PR, em Janeiro, sob justificação de que o interesse nacional do país reclama que nunca um PR de direita, por razões ideológicas e de tradição política em Portugal, investirá um PM que dependa do apoio expresso do PCP. 

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Cavaco estribucha ante o estertor da morte política e pretende demonstrar que ainda é o PR... 


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