sábado

Sócrates livre para novas cruzadas...


...A primeira das quais foi fazer joging e visitar o seu amigo, o pai-fundador da III República.

- Se a acusação ao ex-PM não for consistente  e credível, como tudo prenuncia (e eivada de vícios de forma e de denegação ao acesso à justiça pelo visado) irá morrer na praia, denunciado a perseguição do MP e de dois magistrados que lhe dificultaram a vida, talvez por ódios corporativos que remontam ao tempo da sua governação;

- Se, ao invés, a acusação for consistente e credível o ex-PM terá de demonstrar a origem dos rendimentos que lhe são atribuídos e explicar como os adquiriu e se isso foi ilegal;

- Seja como for, a libertação de Sócrates parece revelar três coisas: 

- 1) Que o visado agora se pode defender com mais rigor e liberdade de acção num estado de direito, volvido quase 1 ano de cadeia;

- 2) A justiça que o visou estará agora sob maior exposição e avaliação por parte dos demais órgãos de justiça, os media e os portugueses em geral; 

- 3) Sócrates não "morreu" para a política nem para o PS nem, por extensão, para a política em Portugal 

- Talvez agora, concluído o momento eleitoral, em que o ex-PM já não representa perigo para a investigação nem ameaça fugir para as Maldivas de comboio, os portugueses possam ajuizar melhor a natureza dos alegados crimes económicos cometidos, a forma como o ex-PM foi detido e enviado para o EPE  e de como tudo isso foi feito - comparativamente - a outros sujeitos que estão verdadeiramente ligados aos crimes económicos do BPN (com a cobertura do cavaquistão) e de como a justiça manifestou uma conduta de dois pesos e duas medidas. 

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