segunda-feira

A esquerda em metamorfose

Nota prévia: A pressão da conjuntura internacional e europeia em particular, a impreparação e os erros das ruinosas políticas públicas da direita, a renovação das elites à esquerda, a perda da maioria absoluta pela dupla de meliantes e a vontade e determinação dos novos líderes são os ingredientes que farão com que estas negociações à esquerda possam vir a funcionar. Qualquer coisa será melhor do que o passado recente. O ensaio da tentativa é aqui não apenas um método de trabalho, mas um imperativo ético-político em prol de Portugal. 
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PS e BE negoceiam viabilização de Governo apoiado pela esquerda



Quando António Costa chegar na manhã desta segunda-feira ao palacete das Palmeiras, na Rua da Palma, em Lisboa, onde o Bloco de Esquerda tem a sua sede, será recebido pela mais jovem delegação negocial de todas, Catarina Martins, Mariana Mortágua, Marisa Matias, Pedro Filipe Soares e José Guilherme Gusmão são todos sub-42, novos de mais para animarem qualquer debate de memórias sobre a “Fonte Luminosa”, o “Verão Quente” ou as mazelas do PREC. Só os mais velhos da delegação socialista – o próprio Costa e Carlos César - têm lembrança dos tempos em que o seu partido e as organizações à sua esquerda discordavam de muito mais do que o Tratado Orçamental. Talvez por isso, dos dois lados da mesa, haja amigos, que se tratam por tu e escrevem no mesmo blogue.
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“O Bloco vai para este encontro com uma agenda de medidas que correspondem aos tópicos essenciais apresentados por Catarina Martins no debate com António Costa”, esclarece Jorge Costa. Ou seja: emprego (fim da proposta de despedimento conciliatório), pensões (não ao congelamento defendido no programa do PS) e Segurança Social (rejeição da diminuição da TSU). Para todas estas medidas que rejeita, o Bloco conta apresentar ao PS “alternativas concretas” para garantir que o impacto orçamental é nulo. Um dos pontos de convergência, ao que o PÚBLICO apurou, quanto à diversificação de fontes de receita da Segurança Social pode ser uma proposta que ambos os programas políticos apresentam: o imposto sucessório. Mas também alterações às regras dos contratos a prazo e combate aos "falsos recibos verdes". [...]
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