segunda-feira

Narrativas Trinton - num Agosto-Primaveril. As exéquias do Verão

Narrativas Trinton - num Agosto-Primaveril :



- Hoje, a memória do futuro é a recordação desse passado no jogo dos tempos, em que nos baralhamos já acerca do que foi o quê, quando e como. E uma memória desse passado que, então, teria um horizonte [i]limitado, quase eterno na linha do tempo.
- Especialmente, se considerarmos que a linha do tempo é uma eternidade, mas o ser humano não é senão um pequeno fragmento na sua composição, com um ciclo de vida curto (semelhante ao de um frigorífico bom) a pontilhar essa linha.
- Uma linha que um dia nos enlaça(rá) o pescoço e nos fará um poema de morte com ele, já sem a possibilidade de a vítima o declamar e ser testemunha da sua própria vox, ser o seu próprio auditor.
- O final de Agosto é assim: uma espécie de funeral do Verão, as exéquias fúnebres do bom tempo findo. 
- Espelha algo de bom que se perdeu para sempre... Para sempre.

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