A desgraça de Pedro Passos Coelho - pela pena de Raul Brandão -
Há dias via e ouvia o balanço auto-elogioso que só os homens fúteis, inseguros e de má fé fazem daquilo que conseguem (ou não) realizar. Esse sujeito era o alegado PM que tecia loas à sua literal e miserável governação, que ele acha (ele ainda acha alguma coisa!!!) que foi positiva. Que topete. Além de incompetente perdeu também o senso e a margem de equilíbrio social e política que um governante, qualquer governante, mesmo que seja um mau governante, deve ter no espaço público.
- E a propósito daquele execrável exercício de ensimesmamento de Passos, com o fito de reganhar as eleições legislativas, o que seria a desgraça das desgraças desde o terramoto de 1755, que remonta ao tempo do Marquês de Pombal (que ainda teve a ciência e arte de reconstruir a capital e de enterrar os mortos) - veio-me à memória certas passagens do genial Raul Brandão, homem de cultura, em particular nesta em que afirma: Pare. Pare a desgraça. Cria. É a velha que tira a côdea à boca para dar aos netos. É a velha que encontraste há bocado no caminho, de olhos aguados. Cada vez é maior. Traz este carreto à cabeça desde o princípio do mundo e ainda o não pôde pousar. Embala os berços. Pega nas crianças ao colo. Desde o princípio do mundo que estas mãos ásperas amparam crianças. Não é uma figura - é uma série de figuras...
- Tem sido um conjunto sistemático de desgraças sociais e de devastação económica que Portugal e os portugueses têm sofrido às mãos ignaras deste que responde ainda pelo nome de Pedro passos coelho.
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