Juncker defende a criação de um exército europeu
Nota prévia: Após o LuxLeaks que levou Juncker quase à demissão - o actual PR da CE já conseguiu fazer mais num mês pela Europa - procurando reconstruí-la e dando-lhe mais coesão, segurança e solidariedade - do que Durão barroso em 10 anos.
Este é um tema recorrente na Europa, e perante a ameaça externa da Rússia, que já violou grosseiramente a soberania ucraniana (e fez mais de 6000 mortos e milhares de refugiados) - e questionou a autoridade política europeia no seu conjunto - que deverá ser seguido com atenção e merece desenvolvimentos sérios no âmbito da sua concretização, i.é, a criação de um exército europeu que dote a Europa da segurança que hoje já não consegue garantir através do seu velho aliado transatlântico: os EUA.
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Juncker defende a criação de um exército europeu
A União Europeia precisa do seu próprio exército para enfrentar a Rússia e outras ameaças e também de renovar a sua política externa. As afirmações foram proferidas pelo presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, durante uma entrevista publicada este domingo no diário alemão "Die Welt".
Juncker defende que um exército europeu comum terá como missão enviar sinais importantes ao mundo, uma vez que a NATO poderá não ser suficiente, já que nem todos os seus membros pertencem à UE. "Um exército conjunto da UE mostraria ao mundo que nunca mais poderá haver uma guerra entre países europeus", afirmou o líder da CE. "Um exército deste género também nos ajudaria a construir políticas externas e de segurança comuns e permitiria à Europa assumir um papel de responsabilidade no mundo."
Com o seu próprio exército, "a Europa poderia reagir de forma mais credível à ameaça à paz de um Estado-membro ou de um Estado vizinho", disse Juncker referindo-se particularmente ao conflito na Ucrânia. "Um exército comum transmitiria uma mensagem clara à Rússia, de que estamos decididos a defender os nossos valores europeus."
Os 28 Estados-membros da União Europeia têm atualmente grupos preparados para combater que se organizam num sistema de rotatividade e é suposto que intervenham, se necessário, enquanto força de reação rápida. Porém, nunca intervieram em nenhuma crise.
Os líderes da UE mostraram-se interessados em impulsionar a política de segurança comum, melhorando a rapidez na capacidade de resposta. Quer o Reino Unido, quer a França têm-se revelado, por seu lado, mais cautelosos na defesa de um reforço militar da UE, por recearam que isso possa enfraquecer a NATO.
A proposta do presidente da CE foi entretanto aplaudida pela ministra da Defesa alemã, Ursula von der Leyen: "O nosso futuro enquanto europeus passará pela criação de um exército europeu", afirmou a uma rádio alemã
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