domingo

Clister Sublime - um irrigador aos portugueses/as

Crónica duma morte anunciada.



Na última semana o país acordou doente, ou constatou que já estava doente há anos e ficou estonteado, pois descobriu que o alegado primeiro-ministro, em grosseira violação da lei dos descontos, não assegurou durante anos a fio as suas prestações para a Segurança Social. Descontos esses necessários não apenas à sua própria reforma como também necessária para a manutenção da sustentabilidade desse vital sistema de segurança social para o qual todos os portugueses são obrigados a descontar, com ou sem NOTIFICAÇÃO.

Para compor este grave ramalhete, em violação grosseira da lei e do funcionamento das instituições do Estado que o mais alto magistrado da nação deveria garantir, o PR, Cavaco silva reportou-se àquela violação da lex como se tratasse duma questão menor, que remeteu para a luta politico-partidária, normal em contexto pré-eleitoral. Ora, não é!!

Com esta tirada irresponsável, o PR violou o seu dever de imparcialidade e neutralidade relativamente aos partidos políticos com sede parlamentar, pois procurou desresponsabilizar pessoalmente o PM e, ao mesmo tempo, empurrar toda a oposição para a fronteira da má fé, da maledicência e propaganda política mais abjecta. 

Cavaco confundiu, assim, aquilo que é objectivamente uma violação grosseira duma lei com a chicana política, o que revela o seu precário estado de saúde mental para o bom exercício do cargo. 

Ou seja, Cavaco demonstrou, mais uma vez, que não está à altura do cargo que jurou defender solenemente, pois quando deve intervir cala-se, e quando deve estar calado debita asneiras que beneficiam uma das partes em prejuízo das outras. A sua conduta é semelhante à do árbitro - corrompido - que ajuda uma equipa e penaliza a outra num jogo (político) viciado.

No fundo, o que S. Bento e Belém têm administrado aos portugueses, que os aguentam há tempo de mais, é mais um Clister Sublime e, desse modo, vão tentando ludibriar os portugueses de que tudo vai bem no melhor dos mundos possível, como diria Voltaire no seu Cândido...

Esperemos que em Outubro do corrente ano, e em Janeiro de 2016, sejam efectivamente os portugueses a administrar esse clister a quem, de facto, o(s) merece. 

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