Caricaturas desesperadas. Uma rábula do outro mundo. Simulacro terrorista
Caricatura de P. A.
Com as devidas distâncias e consequências do que se passou em Paris (um acto bárbaro de puro terrorismo), imagine-se que alguém das artes faz um cartoon sobre o sr. Silva, no qual este não se revê (assim como os portugueses não se reveem no seu medíocre mandato pseudo-presidencial de andar com banqueiros e governo ao colo).
A insatisfação do PR contagia dona Maria, que resolve agigantar a insatisfação e transformá-la em frustração e depois em raiva que conduz ao planeamento da vingança do cartoonista autor da peça.
Para o efeito, ela, sempre ela (a fim de vingar o marido que ainda julga representar a República portuguesa!!!), recupera contactos a Sul, em Boliqueime, Loulé e Albufeira que, por sua vez, estabelece connections no Norte d´África - onde estão algumas células adormecidas que nunca perderam as ligações aos seus "irmãos" mais radicais e actuantes do Iraque, Síria e Afeganistão - verdadeiros centros de treino do terrorismo globalitário.
Três destes operacionais demandam o extremo ocidental da Europa e penetram Portugal pelo Sul. Chegados a Lisboa, devidamente equipados e municiados, desencadeiam acções de violência cirúrgica no semanário Expresso e nos diários DN e Público. Excluem o Correio da Manha por se tratar de um tablóide que ninguém leva a sério, excepto os leitores da revista Maria..
Na sequência desses (imaginários actos de terrorismo!!!) morrem 15 pessoas: 10 no semanário de Balsemão, 4 no Público e o director do DN, por ser confundido com um elemento neo-nazi, é abatido a sangue frio com uma bala na cabeça.
Será este um simulacro sem sentido? Algo que nunca possa vir a acontecer entre nós?! Algo implausível?!
Naturalmente, o sr. Silva não é o profeta Maomé, logo não goza duma legião de seguidores e de fanáticos atrás de si (que só conta com os banqueiros falidos do ex-BPN e BES, além do Governo), mas este exercício, de contornos algo absurdo, serve apenas para nos deixar a pensar perante a possibilidade que os nossos artistas (em especial, os cartoonistas) têm com a liberdade de expressão e de imprensa no âmbito das suas actividades editoriais.
Até que ponto estes actos de terrorismo, pelo efeito punitivo e dissuasor que têm nas sociedades, não constituirão, de futuro, os principais inibidores à nossa verdadeira liberdade de expressão e de imprensa!??.
Ou dito doutro modo: até que ponto o MEDO instalado não passará a condicionar a pena criativa dos nossos artistas no futuro próximo, e em nome do terrorismo mais hediondo que os executores procuram fundamentar com a religião islâmica que, na verdade, nunca praticaram nem seguiram, muito menos promove a violência gratuita de que são os principais carrascos.
Ainda por cima no ventre mole das sociedades que os acolheram a fim de lhes dar um novo projecto de vida, como fez - abundantemente - a República Francesa.
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