Ministério Público deixou cair suspeitas de tráfico de influências sobre Sócrates
O Ministério Público deixou cair a indiciação do crime de tráfico de influência que constava do mandado de detenção de José Sócrates, apresentado ao ex-primeiro-ministro na sexta-feira quando foi detido na manga do avião à chegada ao aeroporto de Lisboa.
A revelação foi feita ao Económico pelo advogado de Sócrates que adianta ainda que, quer a defesa quer o seu cliente, desconhecem os factos indiciários de corrupção. Este é um dos três crimes, a par de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, que o antigo governante foi indiciado, e cujas suspeitas levaram à sua prisão preventiva, fundamentada por todos os três motivos previstos na lei penal: risco de fuga, receios de perturbação do inquérito e de continuação da actividade criminosa.
"Não conheço, nem o meu cliente, quais são os factos indiciários de corrupção. Também desconheço os factos indiciários de tráfico de influências, que constavam do mandado de detenção, e que desapareceram antes do primeiro interrogatório e no despacho final", revelou João Araújo, advogado de Sócrates, ao Diário Económico, confirmando que o juiz, Carlos Alexandre, invocou todos motivos previstos na lei para justificar a mais gravosa medida de coacção existente no ordenamento jurídico português.
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- SE OS JUÍZES NÃO SABEM DIREITO - COMO O PODERÃO APLICAR???
Obs: Em Portugal faz-se direito por linhas tortas: primeiro, prendem-se pessoas, ou algumas pessoas, depois é que se vai investigar as causas para que o MP arranje provas para sustentar e justificar aquela prisão (preventiva).
Esta é uma estranha forma de exercer o direito. Diria que abusiva, e, por isso, também ela objecto de responsabilidade e de sanção correspondente.
Quem guardas os guardas, em Portugal? a ajuizar por esta "consistente" decisão do mega-juiz cujo nome nunca recordo!!!
Ou seja, quem controla os juízes por decisões que estes tomem e sejam abusivas do Direito e desconformes à Justiça em Portugal?!
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Etiquetas: Deixou cair suspeitas de tráfico de influências, Ministério Público, Sócrates
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