Dura lex, sede LEX. O medo do PSD perder eleições
Porventura, nunca como hoje, aqui e agora, este (miserável) PSD se convenceu da necessidade absoluta em permanecer no poder, por todos os meios, já que todos serão legítimos desde que assegurem aquela condição: manutenção no poder. É umas das regras básicas da Ciência Política ensinada pelo florentino, Nicolau Maquiavel, no séc. XVI.
Não observar esta regra, i.é, a da manutenção no poder é abrir um portão perigoso, o qual poderá encaminhar alguns dos seus actuais players para um corrimão de lâminas seguido de um tanque de álcool.
Vejamos exemplos simples que já são do conhecimento da opinião pública:
- os habilidosos negociadores da aquisição dos submarinos aos alemães, que depois contrataram com eles (via financiamento do BES) acordos de assistência técnica ruinosos para o erário público, poderão sair directamente dos gabinetes ministeriais directamente para a cadeia, logo impõe-se não largar o poder;
- os cooperantes de falsas Ongs que andaram a sacar fundos de Bruxelas para alimentar empresas para quem trabalhavam e, ao mesmo tempo, acumulavam a função de deputado em regime de exclusividade, podem sair de S. Bento e ir fazer companhia a outros detidos preventivamente, que iluminam hoje a cadeia de Évora;
- os titulares de carteiras de acções do ex-BPN que as venderam em regime out-of-market - incorreram também em crime de mercado (sancionado quer pela CMVM e BdP), pelo que não interesse cessar funções prematuramente, ou fazer cair o Governo mediante uma dissolução da AR, conforme as circunstâncias do país hoje recomendariam.
Três casos conhecidos e unidos por uma coisa em comum: modalidades mais ou menos criativas de corrupção - activa e passiva - mas que em todos eles representa um dano para o erário publico, para a sociedade e para a própria composição e estrutura da carga fiscal que hoje é imposta aos portugueses (às famílias e empresas), e que é das mais elevadas da Europa.
Dura lex, sed lex...
Veremos, doravante, se à expressão latina corresponde um conteúdo à altura das práticas judiciais que a PGR, e os procuradores de instrução criminal e do MP, aplicaram ao ex-PM recentemente detido.
Uma coisa é certa: nunca como hoje, em toda a história da democracia portuguesa, este PSD, separados por uma linha recta entre S. Bento e Belém, tiveram tanto medo de perder as próximas eleições legislativas.
E, bem vistas as coisas e sopesadas as circunstâncias, compreende-se bem porquê!!!
Não deve ser nada agradável abandonar os gabinetes ministeriais para ingressar directamente nas cadeias.
É, ou seria, um grande "salto epistemológico"...
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