O PS entre A Cidades e as Serras
'O PS associado aos negócios e interesses é apoiante de António Costa'
Foi na tarde desta segunda-feira, 28, em Penamacor, sua terra natal, que o secretário-geral do PS conversou com a VISÃO. Antes disso, havia calcorreado durante quase duas horas os caminhos da memória, levando os repórteres por lugares de infância, histórias da sua adolescência, momentos de agitação e de afirmação juvenil, travando o passo a cada rosto familiar e deixando-se levar pelos conterrâneos para quem ele é apenas o "Tozé" ou o "António".
Na esplanada do restaurante do antigo quartel, tendo em fundo o cenário beirão cor azeitona e granítico, falou com frontalidade sobre o PS que quer continuar a liderar, sem perder de vista o estado do País e o futuro. [...]
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Obs: Não deixa de ser interessante que a luta política no seio do PS tenha assumido uma feição algo literária e que um dia, já no final da sua vida, Eça de Queirós reconstruiu em A Cidade e as Serras (desenvolvendo o conto a Civilização) - contrapondo a agitação urbana de Paris com a tranquilidade serrana de Tormes.
É óbvio que Lisboa não é Paris e Tormes não é Penamacor. Tais lugares podem não reflectir o que se passa na cabeça dos homens que sofrem as assimetrias regionais num País ainda bastante desigual e injusto neste 1º quartel do séc. XXI.
Seja como for, não deixa de ser interessante e até irónico esta luta intestina ter assumido esta feição cultural e literária de pendor eminentemente queirosiano.
Veremos, doravante, quem será o urbano José Fernandes e o Jacinto de Tormes - nesta pequeno conto político que está em curso do Largo do Rato para todo o país.
A composição do Parlamento em S. Bento pode comportar surpresas e o novel locatário do cadeirão de S. Bento idem aspas...
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Etiquetas: A Cidades e as Serras, O PS
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