O aumento do IUC para os carros a gasóleo abrange uma grande fatia do parque automóvel DANIEL ROCHA
A taxa adicional sobre o imposto único de circulação (IUC) que, no próximo ano, passa a ser paga pelos proprietários de carro a gasóleo chega aos 68,85 euros para os veículos com maior cilindrada e com matrícula mais recente, mas o agravamento total do imposto, que resulta também da actualização do IUC, pode nalguns casos ultrapassar os 76 euros.
Por exemplo, um ligeiro de passageiros com uma cilindrada superior a 2500 centímetros cúbicos, com uma emissão de CO2 acima de 250 g/km e que tenha sido matriculado em 2010, 2011 ou 2012 tem, por exemplo, um agravamento de 9,5% em relação ao IUC pago este ano. Neste caso, há uma subida total do imposto de 76,92 euros (passando de 806,51 euros para 883,43), segundo um simulador da Associação Nacional de Empresas do Comércio e Reparação Automóvel. A ferramenta foi disponibilizada na quarta-feira, mas o site da associação tem estado indisponível esta tarde.
Para além da actualização da taxa do IUC em cerca de 1% e que se aplica tanto aos carros movidos a gasóleo como a gasolina, os proprietários dos ligeiros de passageiros diesel vão pagar uma taxa adicional que é alterada consoante a cilindrada e a idade do veículo. A taxa adicional varia entre os 1,39 euros e os 68,85 euros, consoante o carro tenha sido matriculado antes ou depois (inclusive) de 1 de Julho de 2007.
Somada a actualização do imposto, regista-se, no melhor dos cenários em termos de agravamento do imposto, uma subida de 1,47 euros, no caso de um veículo com cilindrada até 1500 centímetros cúbicos matriculado entre 1981 e 1989. Nesse caso, o IUC tem um agravamento de 19%, passando de 7,73 euros para 9,2 euros, de acordo com o mesmo simulador.
O agravamento do IUC vai abranger uma grande fatia do parque automóvel português, já que quase dois terços dos 5,8 milhões de veículos são movidos a gasóleo, tendo em conta não apenas os ligeiros de passageiros, mas também os comerciais ligeiros, os pesados de mercadorias e os autocarros.
No ano passado, os novos ligeiros de passageiros movidos a gasóleo absorveram já 70,6% das vendas (67.288 unidades em 95.307 carros comercializados). Já os veículos a gasolina representaram 27,5% (26.209 unidades), cabendo aos veículos movidos por outros combustíveis (eléctricos, híbridos, gasolina GPL e GPL) uma fatia de 1,9% (1810 carros).

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