domingo

O país dos sacanas - Jorge de Sena -



porque no país dos sacanas, ninguém pode entender
que a nobreza, a dignidade, a independência, a
justiça, a bondade, etc., etc., sejam
outra coisa que não patifaria de sacanas refinados
a um ponto que os mais não são capazes de atingir.
No país dos sacanas, ser sacana e meio?
Não, que toda a gente já é pelo menos dois.
Como ser-se então nesse país? Não ser-se?
Ser ou não ser, eis a questão, dir-se-ia.
Mas isso foi no teatro, e o gajo morreu na mesma.

Jorge de Sena, em "40 Anos de Servidão"

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ObsE logo hoje, que aos sacanas que partem - a troika agiota - se reforça com os sacanas que ficam: o XIX Governo (in)Constitucional.
- Aposto que Passos Coelho, dentro da sua imediata e grandiosa mediocridade intelectual e pequenez cultural, nunca leu Jorge de Sena. 
- Doravante, não terá razões para o fazer. E mesmo que tivesse, aquela pequenez o impedia de o fazer.

- À Anália -  que aqui se lembrou de evocar JS. 
Evocação bem lembrada.

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