Portal Base Numa semana Estado despendeu quatro milhões (só) em assessorias
No período compreendido entre o dia 10 e as 13h00 do dia 17 de abril, dos cofres públicos saiu uma quantia superior a quatro milhões de euros só para consultoria/assessoria, revela a edição desta segunda-feira do jornal i, que consultou os dados disponibilizados no portal Base.
Deste bolo, relata a mesma publicação, uma fatia de quase meio milhão de euros destinou-se ao pagamento de serviços jurídicos, uma outra, de 295,5 milhões a auditorias, a que se somam mais 114,3 milhões de euros gastos em estudos.
Ora, tamanhas despesas chocam de frente com as indicações para 2015 anunciadas, justamente na passada semana, pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, no que aos cortes de 320 milhões de euros na área da consultoria diz respeito, nomeadamente no que toca à área das tecnologias da informação (TIC).
Saliente-se que só no primeiro trimestre deste ano, o Estado despendeu 26,3 milhões de euros em consultoria/assessoria, e sem contar com as despesas nas TIC, o que se traduz num aumento de 2,5 milhões face aos três últimos meses de 2013.
As empreitadas de obras públicas lideraram o ranking de gastos na semana passada (31,2 milhões de euros), seguidas pelos medicamentos (10,1 milhões). A fechar o pódio, e ainda na rubrica da saúde, surgem as despesas com material clínico e dispositivos médicos (3,3 milhões), sendo que no quarto lugar desta lista posiciona-se a contratação de médicos a empresas privadas cujo montante aplicado fixou-se em 361,7 mil euros.
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Obs: É assim que essa coisa que alguns designam de XIX Governo Constitucional escavaca o Estado social, esbulhando os salários e as pensões às pessoas para pagar assessorias milionárias aos escritórios de advogados dos amigos dos deputados da maioria, dos ajudantes dos ministros e dos ministros deste miserável governo - que tira aos ricos para afundar ainda mais a classe média que já foi cilindrada e aumentar a pobreza entre as classes mais baixas.
Será que nas instituições do Estado, nos seus vários departamentos jurídicos, não há quadros superiores qualificados para produzir pareceres e estudos necessários à tomada de decisão que os vários ministérios têm que tomar?
A forma como estes recursos são geridos diz exactamente quem é Pedro passos coelho e qual é a sua concepção de organizar e governar o Estado em momentos de crise.
Até quando, dr. Aníbal?!
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Etiquetas: Estado, gastos, quatro milhões (só) em assessorias
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