domingo

Lisboa é hoje Portugal. E Portugal incha com as diásporas neste mega-casamento


Por ocasião da Revolução de Abril,  em 1974, o recém desaparecido escritor universal - Gabriel García Marquez - definia Lisboa como a maior aldeia do mundo. Pois é assim que hoje Lisboa se apresenta às pessoas, independentemente da paixão e filiação clubística daqueles que vibram mais ou menos (ou nada) com o futebol.


Parece até que Lisboa virou um local onde se vai realizar um grande e universal casamento, orquestrado por buzinadelas e denunciado por uma psicadélica alegria estampada no rosto das pessoas que povoam as ruas e os jardins. 

Se esta paixão e energia clubística fosse canalizada para os assuntos políticos, hoje mesmo Portugal conheceria uma nova revolução, alimentada por uma nova utopia - igualmente pacífica (porque sem derramamento de sangue) - em que seria possível assistir a várias coisas que há  muito já deveriam ter acontecido, e não aconteceram em resultado da criminosa cumplicidade que une Belém a S. Bento e que mantém um cadáver adiado ligado à máquina. 

Esta é, em potência, a força e a energia do futebol. 

Determinante seria converter essa potência em força efectiva, em prol dos portugueses. Os de cá, e os da diáspora que hoje terão, certamente, uma boa razão para comemorar. 

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