António José Seguro evitará o erro do curandeiro
António José Seguro sabe que o país está exangue: nas finanças, na economia e na sociedade.
- Seguro sabe também que não foi o responsável - directo ou indirecto - por essa desgraça nacional que continua a abater-se sobre os portugueses, roubando-lhes a esperança no futuro. Uma desgraça nacional que brutalmente se tem agravado desde 2011, data a partir da qual os portugueses passaram a conhecer o verdadeiro significado do conceito AUSTERIDADE - que o alegado primeiro ministro quer continuar a impor aos portugueses, destruindo empresas, famílias e obrigando as pessoas a emigrar compulsivamente. Numa palavra: empobrecimento é o que reina hoje em Portugal.
- Basta viajar 100 kil. de carro por qualquer parte do país para constatar esta miserável evidência - agravada pela governação da actual maioria que governa sistematicamente violando a Constituição da República Portuguesa, afrontando as instituições judiciais, as oposições, o PR e a sociedade civil em geral.
- Seguro sabe disto tudo, e saberá também que terá de evitar cometer "o erro do curandeiro" - que acredita na sua própria propaganda - que tem sido a prática do XIX Governo (in)Constitucional. O que se pode fazer nestas circunstâncias de crise, é gerir a "convalescença" - e tentar administrar um remédio que regenere a sociedade e, ao mesmo tempo, procure identificar o que, neste processo de transição do pós-troika, estará em contradição nesta contra-natura maioria e propor uma alternativa global de desenvolvimento que contribua para a formatação do novo padrão de crescimento, modernização e desenvolvimento e de configuração da ordem social em Portugal.
- Eis, em rigor, a tarefa primordial do PS na actual conjuntura de crise em Portugal, a pior desde o 25 de Abril - que em breve comemorará os seus 40 anos. O que não deixa de ser uma terrível contradição, na medida em que os ideais e os objectivos de Abril estão hoje reféns duma lógica ultraliberal imposta pelos mercados servida pela actual maioria.
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