domingo

Meco: familiares dos seis jovens insistem que não foram contactados pelo único sobrevivente





Os pais das vítimas, que estiveram hoje reunidos para tomar uma posição concertada sobre o assunto, falaram às televisões após o encontro e apelaram ao esclarecimento de «tudo o que se passou naquele fim de semana».

Questionada pelos jornalistas sobre a carta enviada à Agência Lusa em que os familiares de João Miguel Gouveia sustentam que o sobrevivente colaborou, desde o primeiro dia, «com as autoridades seja para contactar as outras famílias, seja para dar indicações sobre o que sucedeu», Fátima Negrão, mãe de uma das vítimas, afirmou não ter tido qualquer contacto «nem qualquer informação por parte do João».

A mesma mãe acrescentou que têm «sido bastante tolerantes» e que o objetivo não é »crucificar».

«Estamos sempre a apoiá-lo», acrescentou, referindo-se a João Miguel Gouveia.
Lusa
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Obs: Apure-se toda a verdade porque o que é do conhecimento da opinião pública (e publicada) parece-me manifestamente insuficiente, capcioso e esconde factos que podem ser relevantes para o apuramento de responsabilidades, ainda que por negligência (ou não). 
Não podemos esquecer que o valor de uma vida não tem preço. Perderam-se seis pessoas na flor da idade e as circunstâncias que levaram àquele  desfecho não podem - não devem - ficar por esclarecer e a culpa, mais uma vez, também não poderá morrer solteira.
Para esse efeito, e para que a justiça não fique dependente das declarações truncadas, interessadas e obviamente parciais do único sobrevivente, curiosamente o "orquestrador" de todos aqueles rituais abjectos dignos de um KKK - deverá convocar as pessoas daquela localidade que viram os rituais e que, dessa forma, podem ajudar a justiça a completar o quadro geral daquele massacre.
O Estado (mediante a iniciativa legislativa dos deputados) e em articulação com as instituições de ensino onde aquelas práticas abjectas se desenvolvem - deverá promover legislação a fim de confinar as praxes a um exercício civilizado e consentido de integração dos caloiros nas instituições de ensino para onde vão estudar. Tudo o que envolva violência - física ou psicológica (ou qualquer outro tipo de humilhação) - deverá ser passível de procedimento disciplinar e criminal (nos casos mais radicais). 
Seria o mínimo que a República poderia fazer em respeito pelas vítimas e também como forma de prevenção de futuros actos congéneres que, em Portugal, já tem provocados mortes.

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