segunda-feira

Erupção de vulcão em El Salvador deixa país em alerta laranja



Vista do vulcão Chaparrastique, em San Miguel, El Salvador (Foto: AFP Photo/ Hector Garay - Telenoticias 21)Vista do vulcão Chaparrastique, em San Miguel, El Salvador (Foto: AFP Photo/ Hector Garay - Telenoticias 21)
As autoridades de El Salvador declararam neste domingo (29) dois níveis de alerta, um regional e outro nacional, e retiraram os moradores de um raio de três quilômetros do vulcão, por causa da primeira erupção em 37 anos do vulcão Chaparrastique, que lançou cinzas no leste do país.
O diretor de Defesa Civil, Jorge Meléndez, informou que foi declarado alerta laranja, de alto risco, no estado de San Miguel, onde fica o vulcão, e em outras regiões limítrofes, e alerta amarelo, preventivo, em todo o país.
Com base no alerta laranja, Defesa Civil ordenou a evacuação dos habitantes em um perímetro de três quilômetros do vulcão, explicou Meléndez.
O alerta amarelo significa que o Sistema Nacional de Defesa Civil, integrado por diferentes instituições estatais, e as comissões estaduais e municipais de emergência, devem ser ativadas diante de qualquer eventualidade.
A erupção aconteceu com um estrondo às 10h32 (14h32 em Brasília), com emanações de cinza e gases que formaram uma grande nuvem que cobriu amplas áreas do país, alcançando entre cinco e 10 quilômetros de altura, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais (ARN).
Meléndez apontou que a cinza se expandiu por várias zonas do leste de El Salvador e que os especialistas preveem que "possa alcançar até Tegucigalpa, em Honduras", ao norte do território salvadorenho.
Ele acrescentou que, embora "não haja lançamento de magma, há presença de certa quantidade de lava" em um setor da cratera do vulcão.
A imprensa local afirmou que cerca de duas mil pessoas já foram evacuadas dos arredores do vulcão e que muitos moradores abandonaram seus lares voluntariamente.
O prefeito de San Miguel, Wilfredo Salgado, declarou ao Canal 19 de televisão de San Salvador que "muitíssima" gente vive nas cercanias do Chaparrastique, e que "não são menos de oito mil a dez mil famílias só na parte da montante" do vulcão.
Meléndez ressaltou que "dezenas de milhares de pessoas" vivem na zona de três quilômetros ao redor do vulcão, dada a alta densidade populacional do país, e considerou que "possivelmente" não sejam evacuadas todas.
As autoridades confirmaram que por enquanto não foram registradas vítimas fatais nem graves danos materiais por causa da erupção.
Moradores disseram à imprensa local que as cinzas expelidas pelo vulcão se acumulam nas ruas, casas, edifícios ou árvores, e obscureceram parcialmente a cidade de San Miguel e arredores, além do forte cheiro de enxofre.
O Chaparrastique tem 2.130 metros de altura em relação ao nível do mar e sua última erupção aconteceu em 1976, segundo dados do MARN, que mantém uma vigilância permanente dos oito vulcões do país
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Obs: Um dos problemas deste tipo de evento extremo decorre da projecção de lava ardente, que cobre imediatamente os locais onde ocorre com uma nuvem de gás e de poeiras incandescentes que asfixia e queima quase todos os habitantes. 
Os "vulcões assassinos" eclodem porque, na verdade, sob a crusta terrestre, o alto nível das temperaturas e das pressões, mantém as rochas em fusão. E quando este magma jorra para a superfície, sob a forma de erupções vulcânicas, os habitantes da região afectada vivem frequentemente um pesadelo. Quando este fenómeno natural acontece os jardins, as ruas, as lojas, as casas, os parques.., nada resiste ao inferno. 
Os vidros fundem-se antes de os caixilhos saltarem; paredes com mais de um metro de espessura desmoronam-se subitamente; as estátuas que pesam várias toneladas caem dos seus pedestais.
A vida vira um inferno. 

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