Tríptico de Bacon é a pintura mais cara de sempre vendida em leilão
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O elevado valor acaba por ofuscar a verdadeira história e valia artística das obras, criando um fait-divers em torno dos valores de mercado cilindrando o enquadramento cultural que originaram estas peças.
Curioso é notar nestas traficâncias que a especulação e o papel que nela têm os agiotas d´arte, e toda a parafernália que organiza e comercializa as obras, acaba por não prestar um verdadeiro serviço de utilidade à cultura.
Tudo, afinal, se resume ao número de milhões por que a peça é vendida, e que esse número superou o quadro anterior - vendido por uns milhões a menos.
A forma como hoje se vende arte espelha bem a doença da nossa civilização e, pior, parece que ninguém compreende a alienação em que está envolvida. Neste contexto, não existe pior homenagem aos autores do que a recriação deste espectáculo agiota verdadeiramente anti-cultural.
A prova disto é que um leigo em arte ao ver estas reportagens fica desmotivado a ir mais além, por causa do peso dos milhões, certamente!!!
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