Bagão Félix "Dose necessária de austeridade" ou "opção ideológica"?
Obs: Nem já Bagão Félix, que é inteligente e esperto, desculpa as traições sucessivas cometidas pelo ex-MNE mais caro que a república se deu ao luxo de pagar no pós-25 de Abril, na sequência da demissão do Paulinho no verão passado (seguida da demissão do ministro das Finanças, V.Gaspar).
Recorde-se que essa demissão (irrevogável) foi acompanhada dum psico-drama que concentrava em si um intento: reforçar o poder do ex-MNE, por via da chantagem política ao PM (que precisava dos votos do cds na AR para fazer aprovar os diplomas) - Passos Coelho (que é um líder fraco, para não dizer inexistente) e, desse modo, alçar-se a uma posição superior na hierarquia do aparelho de Estado.
Foi o que na prática veio a suceder, com a transferência do Paulinho das Necessidades para o cargo de vice pm. E tudo em nome de quê? Como que vantagens para Portugal e os portugueses? Nenhumas, como se sabe.
Ao invés, os contribuintes têm pago bem caro as taxas de juro, a incerteza política e o risco que Portugal representa nos mercados - também por causa daquela interesseira e calculada demissão inventada numa noite de breu no Largo do Caldas.
É, naturalmente, também esta articulação política que Bagão Félix queria dizer (e ficou subentendido) naquela sua oportuna apreciação veiculada ontem na SIC.
Em suma: nem já Bagão tem pachorra para engolir as mentiras de Portas e as patranhas ideológicas dum governo fraco e desnorteado que só existe formalmente porque cavaco, em Belém, ainda não desligou o fio para ficar bem no fotomaton da sua já demasiado longa (e contraproducente) carreira presidencial.
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