Michel Barnier e a criação duma força europeia de Protecção Civil para monitorizar as catástrofes naturais
Com base nas actuais competências da União Europeia em matéria de Protecção Civil, a criação de uma força europeia de Protecção Civil - dotada de uma organização e recursos próprios - foi proposta, a meio da década de 2000, pelo Comissário Michel Barnier (e chefe da diplomacia francesa) no seu relatório - For a European Civil Protection Force: europe aid?
Aí estão muitas das ideias que poderiam renovar a segurança civil europeia e, desse modo, preparar os Estados europeus para planear uma capacidade articulada de resposta em face dessas emergências avassaladores que são os eventos extremos que vão provocando avultados estragos materiais e causando milhares de mortos e milhões de refugiados, empobrecendo economias e regiões que, já de si, sofrem duma pobreza crónica.
De facto, esta Europa, dirigida por Berlim, tem pautado a sua actuação por uma política financeira altamente restritiva, matando o próprio conceito de solidariedade que esteve na base da sua fundação. A emergência desta força de protecção civil europeia, sem prejudicar o respeito pelos níveis nacionais, regionais e locais de decisão desses mesmo sistema operacional, teria que ocorrer no quadro da União e em articulação com os sistemas nacionais pré-existentes.
Seria, pois, no âmbito dessa flexibilidade que se criaria essa Força de Protecção Civil Europeia - integrada no sistema europeu de prevenção e gestão de catástrofes. Talvez assim, muitos dos efeitos das catástrofes naturais que têm ocorrido, dentro e fora da Europa, pudessem conhecer menos perdas materiais e humanas e agressões ao património e ao ambiente. Com a vantagem adicional de a capacidade de decisão europeia decidir sem improvisos e de forma imediata.
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