A Guiné-Bissau é um narco-Estado... E os desertos têm areia e os oceanos repletos de água
Imagem picada no rizoma.
Obs: A "organização das fugas" só divulga pratos requentados com anos de existência. Todos nós sabemos que a Guiné-Bissau não se dedica propriamente à plantação de feijão-verde nem à produção de crucifixos de madeira para vender aos crentes e beatos em Fátima, e é com base nestas informações, mais ou menos genéricas, que o seu fundador, Julinho Assange, se comprometeu a escrever a sua biografia em troca de 1 milhão e 200 mil euros. É obra. Espero que nessas narrativas desesperadas ele poupe o público a ler os fracassos sexuais que teve ao longo da vida.
Contudo, não podemos ocultar que os seus skills vieram questionar a forma como os agentes políticos e os aparelhos diplomáticos desenvolvem as suas comunicações, que a Internet veio curte-cicuitar - ao exigir mais transparência e vigilância nas relações políticas e nas comunicações globais.
A esta luz, a emergência deste simbolo do cidadão-global com um tremendo empower (via TIC) poderá configurar um "activo", mas o "passivo" desta nova relação global culmina na quebra de confiança que demorará anos a recuperar.
Entre o deve e haver o saldo da Wikileaks ainda não foi encontrado. Seja como for, Assange deveria ter começado a sua "guerra" das informações denunciando os crimes horrendos das ditaduras sobre as respectivas populações - porque é aí que a vida humana está mais directamente em perigo, mas ele optou pelos EUA e pela Europa onde, curiosamente, a democracia pluralista e o rule of law estão mais fortemente implantados.
Veremos como e quando isto acaba.
Etiquetas: Wikileaks: Guiné-Bissau é um «narco-Estado emergente
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